Em sessão da Comissão Mista Parlamentar de Inquérito da Petrobras destinada a ouvir o ex-presidente da companhia, Sérgio Gabrielli, nesta quarta-feira (25), parlamentares petistas reforçaram as críticas à tentativa de “espetacularização” da CPMI por parte da oposição.
Para o deputado Afonso Florence (PT-BA), os oposicionistas estão argumentando “o oposto do óbvio” em relação ao que foi dito tanto pela presidenta da estatal, Maria das Graças Foster, que depôs na CPMI duas semanas atrás, quanto por Gabrielli. “A oposição tem tentado fazer da CPMI um palanque porque não tem como atacar a gestão da Petrobras. No tocante à aquisição da refinaria de Pasadena, está reiteradamente provado que tudo foi feito dentro da legislação e das instâncias colegiadas da empresa”, enfatizou Florence.
Também pensa dessa forma o deputado Luiz Alberto (PT-BA), que não integra a CPMI, mas acompanha a comissão por conta do seu histórico como trabalhador do setor petroquímico e da própria estatal. “A oposição está desesperada com o cenário eleitoral e visa fazer um grande espetáculo na CPMI. Está claro, pelos inúmeros depoimentos da presidenta Graça Foster e do ex-presidente Gabrielli, que não aconteceu nenhum ato ilícito na gestão da Petrobras, mas a CPMI tem como pano de fundo justamente os objetivos eleitorais da oposição e por isso eles estão distorcendo a realidade e até usando informações falsas”, disse Luiz Alberto.
Nesse contexto, o relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), fez uma crítica ao esvaziamento da comissão. “Muitos parlamentares fazem as suas perguntas e se retiram, não ficando sequer para escutar as respostas e as possíveis contradições. Se pudermos contar com a presença dos parlamentares, poderemos fazer um trabalho de investigação melhor”, cobrou Maia.
A CPMI voltará a se reunir na próxima quarta-feira (2) para apreciar requerimentos.
Rogério Tomaz Jr.