O deputado Caetano (PT-BA) criticou durante pronunciamento no plenário da Câmara as recentes medidas adotadas na Argentina, pelo presidente Mauricio Macri, que está há três meses no poder. Segundo o petista, o mesmo ideário neoliberal adotado recentemente pelo governante portenho – com demissão de servidores públicos, arrocho salarial e congelamento do salário mínimo – seria adotado também aqui no Brasil, caso o tucano Aécio Neves tivesse ganhado as eleições em 2014.
“Em um momento de crise, a primeira atitude da direita é reduzir o estado e demitir funcionário público. Esse é o pensamento neoliberal no mundo inteiro. A nossa direita tem o mesmo modus operandi. Se Aécio Neves tivesse vencido as eleições, em 2014, a política de Estado mínimo, demissões de funcionários públicos e arrocho ao trabalhador estaria em prática”, observou Caetano.
O parlamentar disse ainda que a demissão de 26 mil servidores públicos na Argentina provocou reações na sociedade, inclusive com a realização de greve gera,l convocada pelas principais centrais sindicais daquele país.
Segundo Caetano, a forma mais eficiente para enfrentar a crise – e que poderia servir de exemplo ao presidente Mauricio Macri – foi ensinada pelo ex-presidente Lula quando esteve no poder.
“Durante a crise financeira internacional de 2009, o presidente Lula reduziu impostos, como o IPI e a linha branca. Com isso, incentivou a população a comprar, a investir, a fazer a economia andar. Graças a essa atitude, o Brasil foi um dos países que menos sentiu a crise econômica de 2009”, ressaltou.
Ameaça– Durante o discurso, o parlamentar baiano alertou o País para a tentativa de ressuscitar propostas neoliberais no Brasil. Segundo ele, o projeto que retira a obrigatoriedade de participação da Petrobras em ao menos 30% das operações no pré-sal, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), é um desses exemplos.
“No governo FHC, tentaram vender a Petrobras. Agora, através do senador José Serra, querem entregar o pré-sal. Caiu a máscara da oposição! Querem derrubar a presidenta Dilma e inviabilizar a candidatura de Lula para poderem colocar em prática suas políticas neoliberais e anti-povo: estado mínimo, demissões, venda de patrimônio público, entre tantas outras”, afirmou.
Héber Carvalho
Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara
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