A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2014 como o Ano Internacional da Agricultura Familiar. O objetivo é sensibilizar governos e sociedades sobre a importância e a contribuição da agricultura familiar para a segurança alimentar, para a produção de alimentos e no combate à fome. O setor representa cerca de 70% do emprego agrícola na região. Considerando apenas os países do Mercosul, o segmento emprega diretamente cerca de 10 milhões de pessoas. No Brasil a agricultura familiar é responsável por 38% da produção agrícola.
Segundo o diretor-geral da FAO, organismo das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura, José Graziano da Silva, a ação é uma maneira de reafirmar o compromisso com as demandas históricas para a alimentação sustentável da população mundial. Dados da FAO apontam que 80% das propriedades na América Latina e no Caribe fazem parte da agricultura familiar.
O deputado Afonso Florence (PT-BA) elogiou a decisão da ONU. “Com esta decisão, a ONU reconhece a importância estratégica da agricultura familiar para a inclusão produtiva e a segurança alimentar em todo o mundo – num momento em que este organismo vem manifestando sua preocupação para com o crescimento populacional, a alta dos preços dos alimentos e o problema da fome em vários países”, analisou Florence.
“Esse é um momento de aproveitar a discussão global proposta pela ONU e trocar experiências com outros países sobre a agricultura familiar” destacou o deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA). “A agricultura familiar é considerada uma política estratégica, que visa deixar o homem no campo sem alterar realidade dele”, completou o parlamentar que avalia que a estratégia política do governo federal aumentou o atendimento aos produtores, ampliou o acesso ao crédito e à terra, além de ter criado políticas de comercialização dos produtos.
Para o deputado Bohn Gass (PT-RS), a escolha é motivo de orgulho especial para o Brasil. “É muito grande a nossa satisfação por esse reconhecimento mundial, que ocorre muito em função do trabalho que o Brasil vem realizando, especialmente a partir do governo Lula (2003-2010), de fortalecimento da nossa agricultura familiar. A própria eleição de José Graziano para a direção geral da FAO também é um indicador desse trabalho. Portanto, nada mais justo do que esse reconhecimento!”, comemorou Bohn Gass.
Bohn Gass espera que a decisão da ONU garanta resultados concretos para a agricultura familiar. “Esperamos que esse reconhecimento resulte em mais estímulo ao setor em âmbito global, com políticas públicas para aqueles que produzem alimento, que são justamente os pequenos agricultores”, acrescentou o parlamentar gaúcho.
Equipe PT na Câmara