Omissão criminosa: atraso na vacinação causou a morte de quase 50 mil idosos

Após quase três anos de pandemia de Covid-19, o Brasil está prestes a bater a marca de 700 mil mortos, uma pavorosa estatística alcançada graças em boa parte à negligência criminosa de Jair Bolsonaro. Há pelo menos um ano, estudos têm apontado: entre um terço e quase metade das vítimas fatais poderia ter sido salva se o governo tivesse trabalhado para conter a pandemia no país.

Agora, sabe-se que, desse total, pelo menos 47 mil idosos estariam vivos hoje se as vacinas tivessem chegado mais cedo e fossem aplicadas com mais celeridade pelo Ministério da Saúde. Essa é a conclusão de um estudo conduzido pela Fiocruz e publicado na revista científica The Lancet Regional Health Americas, nesta segunda-feira (21).

Com contribuições do Observatório Covid-19 BR, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Universidade Federal do ABC (UFABC) e da Universidade de São Paulo (USP), a Fiocruz mapeou os primeiros oito meses da campanha de vacinação do desgoverno Bolsonaro.

Vacinas salvam vidas

O resultado confirma aquilo que Bolsonaro e seu então ministro da Saúde à época do início das imunizações, Eduardo Pazuello, sempre negaram: vacinas salvam vidas. No período de janeiro a agosto daquele ano, as doses evitaram entre 54 mil e 63 mil mortes de idosos. E cerca de 158 mil a 178 mil internações foram impedidas pelos imunizantes.

“Isso mostra o quanto as vacinas são e foram fundamentais no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e como elas poderiam ter feito ainda mais em benefício da saúde pública da população brasileira se a gente pudesse ter tido um ritmo de vacinação e uma oferta maior de vacinas desde o começo”, declarou o pesquisador da Fiocruz, Marcelo Gomes.

Para o infortúnio de 47 mil idosos, no entanto, o país não tinha Lula na Presidência. Como se sabe, em 2010, na epidemia de H1N1, o governo de Lula garantiu a imunização de mais de 80 milhões de brasileiros em apenas três meses, controlando, com sucesso, o avanço da doença no país.

Bolsonaro, o agente do caos

Uma década depois, Bolsonaro não apenas esvaziou o Programa Nacional de Imunizações (PNI), como atuou como agente do caos em sua cruzada antivacinas. Além de atrasar a compra dos imunizantes, já em dezembro de 2020, quando o Brasil recebeu as primeiras ofertas de fabricantes, Bolsonaro manifestou-se inúmeras vezes contra que quem decidisse se imunizar, ressaltando que as pessoas poderiam “virar jacaré”.

Não contente em colocar em risco a vida da população, Bolsonaro fez questão de pisotear sobre a memória das vítimas, fazendo imitação de pessoas com falta de ar e dizendo que o país deveria deixar de ser “de maricas”. Enquanto isso, o país demorou seis meses até chegar, em junho de 2021, à marca de um milhão de vacinados por dia, à custa de milhares de vidas perdidas, de acordo com a Fiocruz.

Desafio: recuperar a tradição vacinal

Agora, o novo governo Lula tem a missão de reconstruir, a partir dos escombros bolsonaristas, o PNI e a velha tradição vacinal que marcou a saúde pública do país nas últimas décadas. Para isso, a equipe de transição trabalha para mapear o quadro o atual da vacinação, especialmente diante da disseminação de uma nova cepa da Covid-19.

“O governo Bolsonaro deixou faltar vacina para crianças”, denunciou o senador Humberto Costa (PT-PE), em entrevista à GloboNews, no final de semana. “Precisamos denunciar e lutar para ampliar a cobertura vacinal”, justificou o parlamentar, que é um dos coordenadores da área de saúde da Equipe de Transicão. Ouça a entrevista completa abaixo.

Por PT Nacional

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex