Relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgado na segunda-feira (9) revela que o Brasil é a única grande economia fora do grupo das nações mais desenvolvidas que experimentará uma retomada da atividade econômica nos próximos meses.
Matéria do jornal Correio Braziliense deu destaque ao fator positivo para a economia brasileira. O indicador, que fornece uma medida da atividade econômica futura, registrou um aumento para o país: 99,2 contra 99,0 na leitura anterior. O Brasil foi a grande exceção em uma tendência geral de queda prenunciada pela organização. Países como Índia e China apresentaram redução no medidor da OCDE que integra 33 países, a maioria desenvolvidos.
Em seu relatório semestral de Perspectivas, publicado em maio, a Organização já havia mantido em 3,9% sua previsão de crescimento do PIB brasileiro este ano, mas elevou em três décimos a estimativa de 2013, a 4,2%. A OCDE havia considerado que a economia brasileira saiu do arrefecimento de 2011, quando sua evolução foi menor que a dos outros grandes países latino-americanos, e que perante a crescente pressão inflacionária é preciso deixar para trás alguns dos estímulos monetários ativados.
O relatório também afirma que estes países precisam criar 14 milhões de postos de trabalho para recuperar a situação de emprego anterior à atual crise. Em maio, 48 milhões de pessoas estavam sem trabalho, o que elevou o índice de desemprego da OCDE a 7,9%, e os autores do relatório estimam que o desemprego nos países da zona do euro aumentará nos próximos meses e somente se estabilizará em 2013. Isso significa que agora estão desempregados 15 milhões de pessoas a mais das que antes do início da crise, em dezembro de 2007, assegura o órgão.
Como medidas, a OCDE recomenda que os países adotem políticas macroeconômicas “apropriadas”, como as que contribuem para “estabilizar o sistema bancário europeu”. Além disso, o texto indica que precisa haver um relaxamento maior do que o ocorrido até agora na política monetária, para que essa contribua ao crescimento econômico no curto prazo.
PT no Senado Com agências onlines