Obra de Raquel de Queiróz continua viva, diz Guimarães em homenagem

guimaEm homenagem ao centenário da escritora Rachel de Queiróz a Câmara realizou nesta sexta-feira (19) sessão solene para marcar a data. Em 1977 Rachel de Queiróz tornou-se a primeira mulher a ser eleita para a Academia Brasileira de Letras. A iniciativa para a homenagem foi dos deputados petistas José Airton Cirilo (CE) e José Guimarães (CE).

Na abertura da sessão, o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) afirmou que a obra da escritora cearense contribui para a compreensão do país e de sua gente. “Ao celebrar o centenário de Rachel de Queiróz, a Presidência da Câmara dos Deputados exalta os méritos singulares, a personalidade, o talento e a obra extraordinária da mulher e da escritora que participou intensamente da vida literária, cultural e política do país durante os últimos dois terços do século XX, perpetuando-se na memória nacional também, em especial, pelo exemplo de dignidade e pelo papel que permanentemente exerceu como defensora intransigente da independência individual e da liberdade, valores de importância vital para a democracia, para o Legislativo e para a sociedade brasileira”, disse Marco Maia.

Para o deputado José Guimarães, a grande dama da literatura brasileira, Rachel de Queiróz, que completaria 100 anos em 2010, é motivo de orgulho para todos os cearenses, nordestinos, principalmente brasileiros. ” Rachel de Queiróz foi a brasileira que revelou ao Brasil de forma escancarada o sofrimento do sertanejo diante das privações causadas pela seca. E sua obra continua cada vez mais viva, apreciada e reconhecida por todos nós, nordestinos e brasileiros”, disse Guimarães.

Ao lembrar a trajetória da escritora cearense, o deputado José Guimarães destacou que o Nordeste descrito com tanto brilhantismo e sensibilidade por Rachel de Queiróz está ficando para trás. “Pela determinação e sensibilidade social de outro grande nordestino, que tem contribuído para a transformação daquela situação, daquela realidade descrita por Rachel, que é o Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva”.

A contribuição de Rachel de Queiroz, acrescentou Guimarães, ” para a arte, a literatura, a percepção do Brasil sobre si mesmo e a formação de uma identidade nacional mais ampla e verdadeira, são uma marca cujo brilho jamais se apagará, cujas cores jamais desbotarão. É um registro autêntico e magistral a ser apreciado por futuras gerações”, finalizou o parlamentar petista.

Rachel de Queiroz escreveu sete romances, duas peças teatrais, e cerca de duas mil crônicas. O seu livro de estréia, O Quinze, lançado em 1930, teve imediata e ampla repercussão no país e transformaria Rachel numa personalidade literária. Ela faleceu em 2003, no Rio de Janeiro, dormindo em sua rede, aos 93 anos.

Gizele Benitz

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