O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), afirmou hoje (1º) que já passou da hora de ser aberto o processo de impeachment do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro. Ele conclamou o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a abrir um dos 121 processos protocolados na Casa. “É inadmissível que, com tantos crimes cometidos por Bolsonaro – e crimes é que não faltam – a Câmara não faça o processo de impeachment”, reclamou o parlamentar.
“Bolsonaro é um genocida que está destruindo o sonho e a vida do povo brasileiro”, criticou Bohn Gass, durante discurso em que fez um balanço das manifestações ocorridas no dia 29, em mais de duzentas cidades brasileiras, com dezenas de milhares de pessoas, em defesa da vida, da vacina contra a Covid-19 e do impeachment do genocida Bolsonaro. “O povo disse: nós precisamos fazer o impeachment”, comentou o líder do PT.
Bohn Gass ressaltou a importância de as manifestações pelo País afora terem seguido todas as normas sanitárias — como o uso de máscara, álcool em gel e distanciamento. “Um grande exemplo de organização, diferente do que o Bolsonaro faz, desrespeitando a ciência e todas as organizações da saúde”, comparou. O parlamentar observou que em uma manifestação alguém disse: “Nós temos medo de morrer, mas nós temos coragem de lutar.”
Não ao governo genocida
As manifestações no Brasil e em várias cidades de diferentes países contra Bolsonaro, na análise de Bohn Gass, deixaram clara a insatisfação com o negacionismo e a inoperância do governo militar comandado pelo capitão para vacinar a população brasileira e pôr um freio à expansão da Covid-19 no País, onde já morreram quase 500 mil pessoas por conta do novo coronavírus.
O líder petista observou também que a população que foi às ruas deu um recado claro de apoio à CPI do Senado que apura a irresponsabilidade e omissões do governo Bolsonaro no combate à pandemia de Covid-19. Segundo Bohn Gass, o recado do povo foi para que a CPI apure tudo e mostre que o governo brasileiro poderia ter feito desde o ano passado a vacinação em massa e “não a fez porque não quis”, levando o Brasil a ser um dos líderes mundiais de mortes por Covid-19.
Vacina no braço, comida no prato
“Nós não queremos mortes, nós queremos vidas”, disse Bohn Gass, ao assinalar que a pauta de reivindicações do povo é para que haja vacina no braço, comida no prato, emprego e renda e que não tenha elevação dos preços dos produtos que as pessoas consomem.
O líder do PT denunciou que, diante da omissão do atual governo, que se guia por cartilha neoliberal em que só os detentores de controle do chamado “mercado” têm direitos, tem havido uma explosão de preços que afetam o povo brasileiro de maneira implacável.
“Hoje houve mais uma vez aumento da luz, os combustíveis estão caríssimos, o botijão de gás custa R$ 100,00, está quase impossível de as pessoas comprarem alimentos, porque estão subindo três vezes acima da inflação, e o povo começa a passar fome”, denunciou o parlamentar.
Diante do atual quadro social dramático, com desemprego em massa e aumento de preços, o líder do PT ressaltou a importância de o Congresso Nacional aprovar a pauta do Renda Emergencial, para garantir R$ 600,00 de benefício, como foi no ano passado. Neste ano, o governo garantiu, de março a junho um benefício que varia de R$ 150,00 a R$ 375,00, e ainda retirou 22 milhões de beneficiários do programa.
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Redação PT na Câmara