O desafio da transição é dar continuidade à obra de Lula – João Paulo Cunha

jpcunhaComo disse o presidente Lula, mesmo em ano eleitoral, o momento não é de parar, mas sim de trabalhar muito mais para que possamos dar continuidade às grandes mudanças que vêm sendo implementadas desde 2003. Esse processo mudou a face do País, alçando-o a um novo patamar no concerto das nações.

A agenda inclui o Congresso, que tem projetos de extrema importância para a população brasileira, como a democratização do acesso à banda larga, o aumento dos aposentados e do salário mínimo e a própria elaboração do novo Orçamento, para garantir a execução da fase 2 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que está transformando o Brasil num verdadeiro canteiro de obras.

Para o governo, o PT e os partidos aliados, não há o que mudar daqui pra frente, uma vez que as diretrizes já estão definidas, com obras contratadas. Precisamos consolidar todos os programas que já estavam em andamento e concluir os que precisam e podem ser finalizados. A expectativa é positiva, e estamos seguros de que teremos um ano de grandes êxitos econômicos, a julgar pelos indicadores dos últimos três meses, que projetam crescimento acima de 5% e a geração de mais de 2 milhões de empregos.

Seja quem for o vitorioso na escolha para a Presidência da República – e esperamos que seja a ex-ministra Dilma Rousseff -, vai encontrar uma herança bendita, não aquele país que em 2002 rastejava frente ao FMI e aos credores internacionais.

Colaboração zero – Nesses meses finais do governo Lula, é de se esperar que haja colaboração zero da oposição, como vem fazendo desde janeiro de 2003. O curioso, entretanto, é que, apesar dessa prática anti-Lula, os mesmos responsáveis pelo fracasso do governo FHC (1995-2002) agora falam em dar sequência ao bem-sucedido projeto do governo Lula. Ora, quem não se lembra que, em 2005, tentou-se, com o uso irresponsável de CPIs e denúncias sem fundamento veiculadas na mídia, garrotear Lula do poder? Uma oposição golpista, no estilo UDN, nunca se conformou com o fato de o governo do PT e aliados conseguirem mudar o Brasil para melhor, jogando na lata de lixo da História as teses e o modelo neoliberal de FHC.

O condomínio PSDB/DEM/PPS tenta fugir às comparações, mas o povo não se deixará iludir pelas falsas promessas de quem sempre o tratou de forma arrogante e elitista. O povo não quer voltar ao Brasil da estagnação econômica, do desemprego, da diplomacia “tira-sapatos” e do apagão de 2001. O Brasil avançou profundamente com o governo do PT e aliados, mas a oposição e boa parte da imprensa insistem em desconhecer essas mudanças positivas. A imprensa internacional, contudo, reconhece que o Brasil vive um momento extremamente importante em se tratando de desenvolvimento e sustentabilidade, colocando o País entre as nações que despertaram de vez para o crescimento, preenchendo aquele que sempre foi o nosso sonho: dizer que o Brasil é o país do futuro.

Sem eixo – Falta um eixo político à oposição. Há uma implicância sequencial contra o PAC, o Bolsa Família, o ProUni e outras iniciativas que têm mudado a face do Brasil. A esquizofrenia é tão grande que uma hora falam que o PAC não existe, outra hora que iriam administrá-lo melhor. O que incomoda as viúvas de FHC e do neoliberalismo é que o governo Lula promove a maior sequência de obras de desenvolvimento do País. São obras de infraestrutura portuária, rodoviária, ferroviária e energética, entre outras. É natural que, quando se compara esse período de efervescência econômica de desenvolvimento com os oito anos do governo FHC, haja um mal-estar sem precedentes para o discurso da oposição.

O debate comparativo é necessário. Vamos comparar, sim, as nossas ações de governo, mostrar o que estamos fazendo e o que pretendemos fazer a partir de 2011, com a eleição de Dilma Rousseff. A população quer saber quais são os rumos do nosso crescimento econômico, o que vamos fazer para ampliar nosso comércio exterior, utilizar o pré-sal para nosso desenvolvimento com justiça social e distribuição de renda. Transição significa, portanto, garantir condições para que esse modelo exitoso tenha sequência e aprofundamento a partir de 2011.

João Paulo Cunha é deputado federal pelo PT de São Paulo e ex-presidente da Câmara dos Deputados. Contato: [email protected]

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