Número de matrículas no ensino superior dobra nos últimos 10 anos

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Nos últimos dez anos, dobrou o número de matrículas em instituições de educação superior no Brasil, passando de 3,5 milhões para mais de 7 milhões de alunos nas universidades, faculdades e institutos. Os dados são do Censo da Educação Superior 2012, feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e divulgado pelo Ministério da Educação na terça-feira (17).

A pesquisa revela que, em um ano, houve crescimento de 4,4% nas matrículas no País. Nas instituições públicas, as matrículas chegaram a 1.087.413. Enquanto isso, as redes privadas alcançaram 5.140.312. “O setor privado é maior, mas foi o setor público que sustentou o crescimento”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Levando-se em consideração graduação e pós-graduação, as matrículas somaram 7.261.801. “Temos 7,2 milhões na universidade e 7 milhões no Enem [Exame Nacional do Ensino Médio] querendo entrar. Apesar de toda a expansão no ensino superior, temos um número igual [aos que estão no ensino superior] batendo na porta, querendo entrar”, ressaltou o ministro.

Entre 2011 e 2012, as áreas de Ciências Sociais, Negócios, Direito e Educação foram as mais procuradas. Por outro lado, as áreas de Humanas, Artes e Serviços se apresentaram com menor destaque. O documento mostra ainda que, “apesar de expressivos avanços entre gerações, considerando diferentes dimensões (renda, cor, raça, sexo e região geográfica), fica claro que as políticas de inclusão em curso precisam ser mantidas e ampliadas para garantir igualdade de oportunidades educacionais para todos os brasileiros”.

O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia responsável por compilar os dados, Luiz Cláudio da Costa, diz que o resultado mostra que “quem quer, tem acesso ao ensino superior”. Ele se refere principalmente a faixa de 18 a 24 anos. Segundo ele, 1,8 milhão deixam o ensino médio, número inferior ao total de vagas oferecidas. Programas de expansão do ensino superior público e privado, como o Programa Universidade para Todos (ProUni) e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), garantem o acesso dos jovens de baixa renda.

Mercadante estima que se mantido o ritmo de crescimento, até 2022, será possível chegar a média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) – também meta do Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação no Congresso Nacional – de 34% da população de 18 a 24 anos estarão matriculados no ensino superior ou graduados. A taxa atual é 17,8%.

Agência senado

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