O governo Lula superou modelos eivados de dogmatismo rudimentar, e opaís saltou para outro patamar. Criamos frentes para intensificar atransferência de renda aos mais pobres e elevar, em termos reais, osalário mínimo. Tudo foi possível com a correção de rumo que permitiuaumentar o volume de investimento público e a recuperação do papel doEstado de estimular e planejar os interesses de longo prazo do país.
Semabrir mão do controle das contas públicas e das metas de inflação, ogoverno Lula agiu para colocar o Brasil em boa posição no cenáriosurgido com o estouro da bolha imobiliária americana, em 2008. Tesesneoliberais viraram pó com a crise em Wall Street. As políticaspúblicas do governo do PT e aliados levam em conta que o Estado tem umpapel estratégico no desenvolvimento, em parceria com o capitalprivado, na defesa dos interesses nacionais e da maioria da populaçãobrasileira, antepondo-se à tese do Estado mínimo e à inércia dosneoliberais do governo FHC.
Em contraste com a ortodoxia dogoverno anterior, pudemos implementar, diante da crise mundial, medidasanticíclicas que garantiram a execução de um programa de gastospúblicos para ativar a demanda.
Ao fortalecer o Estado, decisãoestratégica tomada em 2003, conseguimos amortecer os efeitos da crisemundial. E preservamos as conquistas de quase sete anos de crescimentoeconômico com redistribuição de renda. É com essa ousadia que deveremoscriar em 2010 2 milhões de novos empregos.
O governo do PT eseus aliados souberam enfrentar a crise com um arsenal contrário àortodoxia como redução de impostos, incentivo à atuação dos bancospúblicos, orientação à Petrobras para ampliar os investimentos,lançamento do maior programa de habitação popular da história do país,expansão do crédito e retomaram a trajetória de crescimento econômico.
Oque seria do país sem o BB, a CEF e o BNDES? O Bolsa Família e osBenefícios de Prestação Continuada garantem condições mínimas aos maispobres. Sem populismo fiscal e radicalismos, o Estado pode alavancar aeconomia
GILMAR MACHADO é deputado federal (PT-MG), vice-líder do governo no Congresso.
