Nova fake news da direita contra Gleisi revela preconceito sobre o mundo árabe

Sem argumentos para defender no mundo real o golpe em curso no Brasil, a direita no Congresso Nacional vive de criar factoides para alimentar a ação dos seus robôs nas redes sociais, sempre ativos no ataque a reputações de lideranças da esquerda. A última falsa polêmica é a convocatória do mundo árabe para atacar o Brasil, supostamente feita pela presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

O blog “Diário do Brasil”, site reconhecidamente propagador de fake news, foi o primeiro a publicar a mentira, às 8h42 desta quarta-feira (18). Com base unicamente nessa publicação, o deputado Major Olímpio (PSL-SP) anunciou com estardalhaço que denunciaria Gleisi Hoffmann à Procuradoria-Geral da República e pediria a cassação do seu mandato e do registro partidário do PT. O motivo: a petista estaria insuflando o Estado Islâmico para atacar o Brasil.

A partir daí a extrema-direita ficou ouriçada nas redes e diversos parlamentares na Câmara e Senado se revezaram na tribuna para atacar a presidenta do PT, que tão somente deu uma entrevista à emissora Al Jazira, do Catar, na qual denunciou o golpe contra a democracia brasileira e a condição de preso político do ex-presidente Lula.

A verdade não demorou a surgir. O portal BuzzFeed News desmentiu a fake news em matéria publicada às 15h07. “Gleisi NÃO pediu ajuda a terroristas islâmicos no vídeo para a Al Jazeera” é o título da notícia, que aponta alguns perfis responsáveis pela disseminação da mentira.

Na Câmara, o deputado Wadih Damous (PT-RJ) foi um dos que desmentiram a farsa e cobrou do presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) que as injúrias contra a senadora petista fossem retiradas das notas taquigráficas. “Esses deputados reverberaram infâmias proferidas no plenário do Senado pela senadora Ana Amélia Lemos, atribuidas à senadora Gleisi Hoffmann pelo simples fato de ter dado uma entrevista à TV Al Jazira. Se fosse a BBC de Londres, talvez não houvesse esse rebuliço todo. Se fosse a uma rádio ou TV de Israel, talvez não houvesse esse rebuliço todo. Mas se trata de um órgão de comunicação árabe”, salientou Damous.

“Além da quebra de decoro por ofensas a uma colega, estamos vendo islamofobia, racismo, falta de respeito com o povo árabe e cerceamento ao direito parlamentar, assegurado constitucionalmente à senadora Gleisi Hoffmann, de emitir uma opinião que eu endosso: o presidente Lula, o mundo todo sabe, é um preso político. O presidente Lula é vítima de perseguição política por um setor nazifascista do Judiciário e do Ministério Público”, complementou o parlamentar do Rio de Janeiro.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS) registrou sua solidariedade com Gleisi Hoffmann, se disse surpresa e indignada com o episódio e também mencionou a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS). “O ataque se dá, sobretudo, pelo preconceito à comunidade islâmica, à comunidade árabe no Brasil e no mundo. Infelizmente o Rio Grande do Sul tem uma senadora, Ana Amélia Lemos, que tem fomentado o ódio. O meu repúdio a essa senadora que fomenta o ódio e o desrespeito”, enfatizou Rosário.

Rogério Tomaz Jr.

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