Companheira sofreu violência política de gênero e racial, com falas preconceituosas cometidas pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP);
Nós, mulheres do Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, e a Direção Nacional do PT, viemos a público prestar irrestrito apoio e solidariedade à companheira Benedita da Silva (PT-RJ), atacada por ofensas racistas proferidas pela deputada federal da extrema direita Carla Zambelli (PL-SP). É inadmissível que a gigante Bené tenha sua história de luta e trajetória política atacadas de forma racista e vil.
Nossa companheira, além de deputada federal, é a atual coordenadora da Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados, espaço que congrega as mais importantes discussões políticas com foco no desenvolvimento de ações e instrumentos para garantir a ampliação e a garantia de direitos para as brasileiras. Além disso, Benedita já foi senadora, governadora e deputada Constituinte sendo, por décadas, a única mulher negra no Parlamento, espaço que segue, até hoje, predominantemente masculino e branco.
Quando uma mulher da envergadura da companheira Benedita alcança cargos públicos e eletivos, com tamanha competência e destaque, fica nítido que a política brasileira pode e deve ser ocupada por mulheres negras, público que forma a maioria da nossa sociedade. Benedita é exemplo para milhões de mulheres e meninas negras de que a política é, sim, local para elas.
Nós, mulheres do PT, acreditamos fielmente que a política pode ser extremamente benéfica para uma sociedade, gerando políticas públicas e leis relevantes. Dentro de sua arena, constroem-se debates e ideias que buscam o consenso para a melhoria da vida da população.
Pressupõe-se que aqueles e aquelas que atuam neste universo detenham caráter, ética e lisura. Infelizmente, com a ascensão da extrema direita, temos visto cada vez mais casos de mulheres e homens desprovidos de tais qualidades, como é o caso da parlamentar Zambelli. Este grupo, além de atuar de forma contrária aos interesses públicos, na maioria das vezes, são baixos e destituídos de inteligência.
Defendemos que não é possível naturalizar a prática do racismo em espaço algum, ainda mais em um Parlamento, local observado por todo país, e que deveria ser modelo de condutas exemplares. Acreditamos que a Câmara dos Deputados tomará as devidas providências para que este caso de racismo não fique impune.
Aproveitamos para destacar que, neste dia 3 de julho, celebra-se o dia Nacional de Combate à Discriminação Racial. A data marca a sanção da lei Lei Afonso Arinos (1.390/1951), que trata do combate e luta pela erradicação do racismo do país, e tornou a discriminação racial uma contravenção penal.
Benedita é magnânima e referência não apenas para o Partido das Trabalhadoras e dos Trabalhadores, mas para todos e todas que entendem a potência que é ter a representação dessa mulher gigante na política brasileira.
Estamos com você, Bené. Racistas não passarão.
Direção do Nacional do Partido
Secretaria Nacional de Mulheres do PT