O 4º Congresso do PT foi o maior encontro já promovido pelo partido em seus 30 anos de existência. E não era para menos. O bom momento vivido pelo Brasil neste oitavo ano de governo do Presidente Lula e a perspectiva de elegermos Dilma Rousseff para dar continuidade a esse trabalho se encarregaram de disseminar um clima extremamente positivo no interior do PT.
O Congresso foi, portanto, um momento de celebrar tudo o que já fizemos e planejar o muito que ainda precisa ser feito. Aprovamos as diretrizes da nossa proposta de programa de governo para o período de 2011 a 2014. Um documento com 79 itens e dezenas de subitens que expressam a média do pensamento das mais diversas forças que compõem o partido.
Embora parte da imprensa tenha explorado apenas os temas mais polêmicos, a essência do documento (a íntegra está em www.pt.org.br) é a manutenção e o aprofundamento do “crescimento acelerado e o combate às desigualdades raciais, sociais e regionais e a promoção da sustentabilidade ambiental” com a “preservação da estabilidade econômica”. Foi assim que colocamos o Brasil no rumo do desenvolvimento com distribuição de renda. É nessa direção que queremos e devemos continuar.
Para os que acompanharam de longe, o clima celebração pode ter passado uma idéia de que tudo foi consenso e festa no 4º Congresso. Pelo contrário. Até chegarmos aos documentos finais, tivemos grandes debates internos, com as muitas disputas de idéias que são, e sempre serão, naturais e saudáveis dentro do PT.
Consenso mesmo só para escolher Dilma nossa candidata a presidente. Nessa hora não houve dúvidas. Houve união do PT em torno de uma constatação: Dilma é preparada, forte e firme. Foi a principal coordenadora do governo do Presidente Lula. Nada mais natural que seja sua sucessora.
(*) Deputado federal, presidente do PT-RJ
