No primeiro trimestre do “novo” governo, o número de desempregados cresceu 10,2%, em 1,2 milhão, para um total de 13,387 milhões, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada na manhã desta terça-feira (30) pelo IBGE. A taxa de desemprego foi a 12,7%, ante 11,6% no último trimestre do ano. Não variou significativamente em relação a igual período de 2018 (13,1%). O total de ocupados (91,863 milhões) caiu 0,9% no trimestre, com menos 873 mil. A subutilização da força de trabalho é recorde e o desalento continua subindo.
A taxa de subutilização, que indica gente que poderia estar trabalhando mais, atingiu 25%, o maior nível da série histórica, iniciada em 2012. A população subutilizada chega a 28,3 milhões, com acréscimo de 1,5 milhão de pessoas no trimestre e de 819 mil em 12 meses.
De acordo com o IBGE, o número de pessoas desalentadas – que desistiram de procurar emprego – subiu também nas duas comparações, somando 4,8 milhões. O percentual de desalentados manteve o recorde da série (4,4%).
Considerados 12 meses, o País abriu 1,591 milhão de ocupações (1,8%). Mas o que cresce é sempre o trabalho informal. Basicamente, o emprego sem carteira (466 mil a mais no período) e os trabalhadores por conta própria (879 mil).
O número de empregados no setor privado com carteira assinada foi estimado em 32,918 milhões, estável tanto no trimestre como em 12 meses. O total de sem carteira (11,124 milhões) caiu 3,2% no primeiro período de 2019 (menos 365 mil) e cresceu 4,4% em relação a igual período do ano passado. Isso aconteceu também com os trabalhadores por conta própria: estável nos primeiros três meses e com crescimento de 3,8% em 12 meses.
Estimado em R$ 2.291, o rendimento médio ficou estável no início do ano. E teve crescimento de 3,3% em relação a 2018.
Por Rede Brasil Atual