Foi um marco. Como tantas coisas no governo Lula, como tantas transformações fundamentais o que ocorreu nos aeroportos brasileiros também foi um marco na história brasileira. Hoje (23/10) se comemora o Dia do aviador. Então nada mais propício que recordar como o pobre pôde voar. E pior, como ainda querem entregar de bandeja a Embraer.
Nossa história começa em 2003. No ano anterior 33 milhões de passagens aéreas haviam sido vendidas no país. Lula tinha o sonho de mudar isso, e muito mais. E conseguiu.
Ao fortalecer as classes C e D as portas se abriram, foram milhões de brasileiras e brasileiros circulando pelo país. Nos anos Lula e Dilma a tarifa média real paga pelos passageiros foi de R$ 498,04, em 2002, para R$ 282,67 em 2011, uma queda de 43% no período, segundo a SAC. Ainda em 2011, uma em cada mil passagens vendidas no país custaram mais de R$ 1.500 e 16% delas foram vendidas abaixo de R$ 100. Em 2002, 0,07% das passagens custaram até R$ 100
No último ano do governo Dilma, antes do impeachment, foram vendidas 96,2 milhões de passagens. Quando o governo Temer assumiu a coisa desmoronou e hoje o povo paga até para escolher assento. Dos mais de 96 milhões de 2015 já houve uma queda de 7,8% em 2016 chegando a 88,7 milhões, segundo a Anac.
Com essa queda na venda de passagens e os pobres devidamente colocados de volta na rodoviária o governo Temer colocou em ação a venda do setor de jatos comerciais da Embraer. Um crime de lesa pátria. A parceria com a Boing é uma venda de 80% do setor e está sendo tocada sem nenhum diálogo com a sociedade. A verdadeira dona da Embraer. Uma análise da proposta merecia uma ampla discussão.
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