Ativistas que defendem o meio ambiente participaram nesta quarta-feira (1º), em Brasília, da Marcha Mundial por Justiça Climática, que também acontece simultaneamente em mais de 100 países do mundo. A atividade terminou com um ato em frente ao Congresso Nacional, onde os participantes protestaram contra ações de desrespeito ao clima do planeta.
Presente à manifestação, o presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara, deputado Nilto Tatto (PT-SP), criticou os países ricos que não seguem os protocolos em defesa do meio ambiente, bem como o Brasil que, após o golpe, da mesma forma não pratica políticas públicas voltadas à proteção climática.
“Viemos aqui participar deste ato para sensibilizar a sociedade brasileira sobre o que vem ocorrendo no planeta. Nós estamos no limite, por culpa do próprio homem. Nós lutamos para que os países mais ricos, do hemisfério norte, assumam a sua responsabilidade de ajudar os países do hemisfério sul, mais pobres, para que eles não trilhem os mesmos caminhos da insustentabilidade que eles trilharam. O desafio é se desenvolver, melhorando a qualidade de vida das pessoas e diminuindo a pobreza, sem colocar o planeta em risco”, destacou.
Sobre a responsabilidade que cabe ao Brasil, o parlamentar lamentou que existam setores da sociedade que ainda não demonstraram compromisso com a preservação do meio ambiente. Como exemplo, Tatto citou os mais de 200 deputados da bancada ruralista.
“Eles são representantes ou grandes proprietários de terra, e estão a serviço de cinco ou seis grandes transnacionais que dominam a cadeia da agricultura no Brasil e no mundo. Eles defendem um modelo de agricultura insustentável, que contamina os mananciais, o solo, que utiliza muito agrotóxico, provocando desastres ambientais e sociais. Temos que buscar outro modelo de desenvolvimento, com baixa emissão de carbono, que incorpore o respeito a biodiversidade, a sustentabilidade e a inclusão social”, observou.
Um dos objetivos da Marcha Mundial por Justiça Climática é chamar a atenção dos líderes mundiais que vão participar, na próxima semana, da 23ª Conferência Mundial do Clima, em Bonn, Alemanha.
PT na Câmara