(*) Nilto Tatto
Após o início da Copa do Mundo de Futebol, todos os olhos se voltaram para a competição desportiva sediada pelo Qatar. Dentre as 32 equipes que disputam o torneio, uma se destaca: a Seleção Brasileira. Além de ser a única a ostentar 5 títulos mundiais, a esquadra canarinha já venceu os 2 primeiros jogos do torneio deste ano, se confirmando como uma das favoritas em 2022. Para o brasileiro, o futebol é motivo de orgulho, já que o somos a maior referência nesse esporte. Mas você sabia que existe uma outra pauta na qual o Brasil pode se tornar um grande campeão mundial?
Estou falando da pauta ambiental. A comparação pode parecer boba, mas não é. Ser reconhecido internacionalmente pelo seu futebol, faz com que a cultura brasileira também se torne conhecida e, de alguma maneira, exerça influência sobre outros países. Esta espécie de “dominação cultural” é conhecida como “soft power” e tem um valor imensurável nas dinâmicas do mundo globalizado.
No caso da política ambiental brasileira, pode acontecer algo semelhante. Além de ser detentor de uma sociobiodiversidade sem igual, com importância indiscutível para a vida no Planeta, o Brasil já foi uma referência internacional no combate ao desmatamento e voltaremos a ser.
Quando Lula assumiu o governo em 2003, o País também enfrentava uma escalada nos índices de queimadas e de desmatamento, sabidamente as principais causas de emissões de gases de efeito estufa no nosso País. Através de um diagnóstico correto e do fortalecimento do sistema ambiental brasileiro, desenvolvemos tecnologia própria para identificar, monitorar e combater focos de incêndio em florestas tropicais. O sistema desenvolvido pelo Brasil à época foi considerado o mais avançado do mundo para estes fins.
Neste artigo, não quis abordar a importância da conservação ambiental para a vida no Planeta, mas como o Brasil pode se tornar uma grande referência nesse assunto, garantindo um papel de protagonismo no cenário internacional. Assim como no futebol, fazer um gol no enfrentamento às Emergências Climáticas também pode fazer do Brasil um campeão mundial.
- Nilto Tatto é deputado federal (PT-SP)
