Newton Lima defende maior participação da sociedade no Parlasul

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O presidente da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul, deputado Newton Lima (PT-SP), afirmou na segunda-feira (2), em Montevidéu, no Uruguai, que a consolidação definitiva do bloco comercial só será possível se o Parlasul corrigir o “déficit democrático” no processo de integração dos países membros. Lima defendeu, durante a 28ª Sessão Ordinária do Parlasul, uma maior participação dos parlamentos e das sociedades civis dos estados-partes e lembrou que até pouco tempo atrás o processo de integração vinha sendo conduzido quase que exclusivamente pelos respectivos poderes executivos.

O parlamentar afirmou, ainda, que o Parlasul é a principal conquista do bloco comercial. “O Mercosul já reúne muitas realizações, dos pontos de vista econômico, comercial e político, mas este parlamento é a principal conquista do nosso bloco e para que  se consolide de forma definitiva é imprescindível que se corrija sua principal fragilidade: o déficit democrático”. Para Newton Lima, processos consistentes de integração dos países em mercados comuns de comércio, não se desenvolvem em espaços políticos vazios de cidadania. “Somente a integração construída de baixo para cima e fundamentada nos interesses dos cidadãos de todos os estados-partes poderá superar as assimetrias e as forças centrífugas que sempre ameaçaram o Mercosul e a integração latino-americana de forma geral”, afirmou.

Esta é a primeira reunião deliberativa do Parlasul após dois anos. Diferentes problemas nos países integrantes do bloco levaram à interrupção das reuniões. O principal deles foi a demora na indicação dos parlamentares da Argentina, que ficou dois anos sem representação no Parlasul. Em razão dessa demora, o Brasil está propondo uma mudança no regimento do Parlasul, para permitir que a ausência da delegação de um país não inviabilize as reuniões. A Representação Brasileira é composta por 27 deputados e dez senadores. Além do Brasil, integram o bloco comercial a Argentina, o Uruguai, o Paraguai e a Venezuela.

Assessoria Parlamentar

Foto: Gustavo Bezerra            

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