O deputado federal Frei Anastácio (PT-PB) afirmou que a CPI do Senado já provou um dos motivos para o Brasil ultrapassar a triste marca de 500 mil mortes na pandemia. “A CPI tem documentos comprovando que Bolsonaro agiu 84 vezes, no exterior, para comprar cloroquina, no ano passado, enquanto rejeitava a compra de vacina”, afirmou o deputado.
Segundo o parlamentar, esse ato, por si só, já é motivo para responsabilizar Bolsonaro pela tragédia que tomou conta do Brasil. “A recusa em comprar vacina e a busca maciça por cloroquina e outros medicamentos sem comprovação científica para combater o coronavírus, são as principais causas dessa mortalidade em nosso país. E o culpado por tudo isso é Bolsonaro. Especialistas afirmam que o simples ato de um combate mediano de combate à pandemia, poderia ter evitado a morte de 408 mil pessoas no Brasil”, informou.
O parlamentar disse que documentos enviados pelo próprio Ministério da Saúde à CPI comprovam que, entre março e abril do ano passado, o governo federal distribuiu mais de seis milhões de comprimidos de cloroquina e hidroxicloroquina para a população. “Somado a isso, ainda tem o fato de o Governo tentar incluir na bula da cloroquina, uma recomendação de que o medicamento é indicado no combate ao coronavírus. Realmente é uma sucessão de crimes contra a vida do povo Brasileiro”, ressaltou.
Frei Anastácio citou ainda o fato de Bolsonaro não acreditar nas recomendações da ciência, no combate à pandemia. “Além de rejeitar a compra de vacina e investir em medicamentos sem comprovação de eficácia, Bolsonaro sempre promoveu aglomeração, não usa máscara e ainda continua criticando isolamento social e incentivando o povo a abandonar os cuidados de proteção. Ele debocha da ciência e não se preocupa com a dor e o luto pelas mais de 500 mil mortes. Mesmo diante de tanto sofrimento, insiste na imunidade de rebanho, para contaminar mais gente. Enquanto os seus subordinados tentam amenizar as acusações de genocídio na CPI, Bolsonaro prossegue espalhando conselhos de morte pelo Brasil”, concluiu.
Assessoria Parlamentar