Exatamente um ano após entrar em vigor a nova legislação trabalhista imposta pelo governo golpista de Michel Temer e sua base aliada no Congresso Nacional, a situação só piorou para os trabalhadores brasileiros. Aumento do desemprego, informalidade recorde, redução salarial e precarização generalizada dos empregos são o saldo da reforma, chamada por parlamentares petistas de “reforma desempreguista” nas redes sociais.
“Não foi por falta de aviso. O que vemos agora, um ano após entrar em vigor essa famigerada reforma trabalhista, é o aumento do desemprego, a precarização das relações de trabalho e tudo aquilo que nós alertamos acabou acontecendo”, relata o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), líder da bancada do PT na Câmara.
Com a CLT enfraquecida, os defensores das teses neoliberais – fracassadas nos anos 1990 sob o governo do PSDB – têm conseguido diminuir o custo do trabalho para as empresas à custa do empobrecimento dos trabalhadores e da população em geral.
“Um ano após a reforma trabalhista, os efeitos desse golpe contra o trabalhador só aumentam, com mais informalidade e desemprego. E a perspectiva traz só mais desesperança com os retrocessos que virão com a extinção do Ministério do Trabalho. Um governo que retira direitos não respeita seu povo”, ressalta o deputado Leonardo Monteiro (PT-MG).
A revogação da reforma trabalhista segue na pauta de luta do PT, garante o deputado Bohn Gass (PT-RS). “A economia não cresceu, a estabilidade jurídica também não veio, os novos empregos são informais, com trabalho intermitente, salários reduzidos e muita precarização. Por isso que nós vamos continuar lutando, porque a revogação dessa reforma precisa acontecer”, defendeu o parlamentar gaúcho.
Segundo o líder do PT na Câmara, o próximo governo deve tentar aprofundar a agenda ultraneoliberal de Michel Temer. “Com Bolsonaro e Paulo Guedes vai ser pior. E não é torcer contra. Eles já anunciaram o fim do Ministério do Trabalho. Nós vamos permanecer na luta, mobilizados para impedir que esse consórcio Temer-Bolsonaro possa prejudicar ainda mais o povo brasileiro”, disse Pimenta.
Repercussão – Neste domingo (11), o “aniversário” de um ano da reforma foi denunciado nas redes sociais, especialmente no Twitter, onde a hashtag #ReformaDesempreguista permaneceu entre os assuntos mais comentados do Brasil a partir do meio-dia e até as 16h ainda seguia nos Trending Topics da plataforma.
Rogério Tomaz Jr.