Mulheres querem mais participação e financiamento público

janete_dest2A adoção de listas preordenadas alternadas entre homens e mulheres e o financiamento público de campanha são pontos defendidos pela bancada feminina da Câmara, que tem participado das discussões da proposta de Reforma Política. Segundo a coordenadora da bancada, Janete Rocha Pietá (PT-SP), as 49 deputadas lutam por uma campanha mais justa e pela lista fechada com paridade e alternância na representação entre homens e mulheres na Câmara, em nome da democratização do Parlamento.

A proposta, que prevê paridade, já foi apresentada ao relator da reforma política, deputado Henrique Fontana (RS), que defende a instituição do voto proporcional misto, com previsão de dois votos para o eleitor, no candidato e na lista elaborada pelos partidos, além do financiamento público de campanha.

Na avaliação da deputada Erika Kokay (DF), o anteprojeto da Comissão Especial de Reforma Política traz avanços importantes, mas não contempla a alternância do gênero para que o Parlamento seja representado de forma democrática .

“É preciso avançar mais. A participação da mulher é irrisória no Parlamento brasileiro. Representamos 8,7% na Câmara, enquanto a população feminina é de 52%. Estamos abaixo dos países árabes como o Afeganistão e ainda vivemos uma burca e uma guilhotina invisível com a prevalência do machismo no país”, afirmou.

As deputadas Benedita da Silva (RJ) e Luci Choinacki (SC) também defenderam a paridade e a alternância na representação entre homens e mulheres, como estímulo para a participação da vida política.

Por outro lado, as parlamentares elogiaram a decisão de Henrique Fontana de ampliar a punição para os partidos que descumprirem a determinação de aplicar uma parte do fundo partidário em programas de promoção e difusão da participação política das mulheres e dos negros.

Ivana Figueiredo

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