Deputadas da bancada petista empossadas nesta terça-feira (1º), na Câmara, reivindicaram mais representatividade na política e nos espaços de poder da Casa. Eleita pelo estado do Rio de Janeiro, a deputada Benedita (PT-RJ) disse esperar que a eleição da primeira presidenta do Brasil ajude a reverter o quadro de sub-representação das mulheres no parlamento.
Benedita, que foi a primeira mulher negra a governar um estado brasileiro (Rio de Janeiro em 1994), quer defender projetos de lei para aumentar e estimular a presença da mulher na vida pública do país.
“Precisamos trabalhar para ampliar a participação da mulher. Para que isso ocorra, é preciso que os governos estaduais, municipais e Federal executem políticas públicas para equiparar a questão de gêneros. A bancada feminina vai trabalhar estes temas”, afirmou. A petista adiantou que pretende integrar a Comissão de Seguridade Social e Família da Casa, onde o tema da política de gênero poderá ser trabalhado. A área de segurança pública também é de interesse da deputada, que também já foi senadora.
Mesa Diretora – Militante das políticas feministas, a deputada Fátima Bezerra (PT-RN) propõe a apresentação de um projeto de resolução para criar um cargo exclusivo para as mulheres na Mesa Diretora da Câmara. Fátima e outras integrantes da bancada feminina apresentaram a proposta ao presidente da Casa, deputado Marco Maia (PT-RS), em reunião na semana passada. “Reivindicamos ao deputado Marco Maia, na condição de presidente da Casa, que apresente um projeto de resolução, criando mais um cargo na Mesa Diretora. Esta vaga seria ocupada por uma mulher, cujo indicação viria do coletivo da bancada feminina”, defendeu. Com o projeto de resolução, as parlamentares esperam ter mais agilidade na tramitação da proposta, que já é fruto de outras proposições em tramitação na Casa.
No âmbito da reforma política, a petista propõe a adoção de cotas de participação da mulher desde a composição das chapas partidárias. “Nesta legislatura a bancada feminina vai se envolver intensamente no debate da reforma política. Ela é essencial para a sobrevivência dos partidos e também para as mulheres, que terão a oportunidade de aprovar ações afirmativas, no sentido de estimular, incentivar e garantir a presença das mulheres no legislativo”, adiantou.
Edmilson Freitas
