Mulheres citam “momento histórico” em sessão comemorativa de 8 de março

bancada feminina_D1Deputadas, senadoras e ministras comemoraram nesta terça-feira (1º), no Plenário do Senado, as conquistas obtidas pelas mulheres nos últimos anos e reafirmaram antigas bandeiras, que visam o empoderamento da mulher e o aumento da participação feminina na vida política, econômica, cultural e social do país.

Entre as principais conquistas citadas pelas parlamentares durante sessão solene em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (8 de março), estão a eleição da presidenta Dilma Rousseff e da primeira mulhere para a Mesa Diretora da Câmara, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES).

Durante a solenidade, a coordenadora da bancada feminina da Câmara, deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), discorreu sobre os avanços obtidos pelas mulheres, a partir da Lei Maria da Penha, que completou cinco anos de vigência, e pediu urgência na aprovação da PEC 30/07, que amplia de 120 para 180 dias a licença-maternidade de todas as trabalhadoras, urbanas ou rurais, e a aprovação do PL 6653/09, que prevê ações para garantir a igualdade entre mulheres e homens no mercado de trabalho. Janete também defendeu uma ampla participação da bancada feminina na reforma política e propôs a adoção do voto em lista alternado, entre homens e mulheres, além da constituição de um fundo, em cada partido, voltado à formação de novas lideranças políticas femininas.

“Estamos vivendo um momento histórico, onde pela primeira vez uma mulher governa o país. Tivemos muitas outras conquistas com a Lei Maria da Penha, que permitiu uma grande mudança de paradigmas, dando ao estado o direito de ‘meter a colher em briga de marido e mulher’. Também estamos aqui para dizer que lugar de mulher é na política, queremos participar da vida econômica, social e cultural do país, em pé de igualdade”, afirmou a petista.

Representando a bancada do PT, a deputada Benedita da Silva (PT-RJ), disse que a eleição da primeira mulher para a Presidência da República deverá abrir caminho para que as mulheres tomem seu lugar de direito na vida política e econômica do país. “Estamos vivendo um momento histórico, propício para ampliarmos o papel da mulher na política. Somos mais da metade da população brasileira, mas ainda somos apenas 10% no parlamento “, lamentou. Para Benedita, não existe comemoração melhor e maior para as mulheres do que alcançar, de forma equânime, o direito de ocupar a tribuna do parlamento brasileiro, não apenas para denunciar, mas para dizer que um Brasil melhor é possível para as mulheres.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), que presidiu a mesa de abertura da solenidade, reconheceu avanços nas questões de gênero no Brasil, mas disse que ainda há muito o que se fazer para reparar a cultura de exclusão das mulheres. “Há ainda um logo caminho a ser percorrido, apesar dos grandes progressos que tivemos no Brasil e no mundo na luta feminista. As mulheres ainda estão excluídas dos espaços de poder. Estamos trabalhando para modificar essa realidade, em ritmo cada vez mais acelerado”, destacou, citanto como exemplo a eleição da primeira mulher para a presidência da República e para compor a Mesa Diretora da Câmara.

Fim dos privilégios – A ministra da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, disse que o dia 8 de março é uma data para que a sociedade faça uma ampla reflexão sobre os privilégios históricos que os homens sempre tiveram em relação às mulheres, graças a uma resistente cultura machista. Também presente na cerimônia, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, relembrou a trajetória de mulheres brasileiras que fizeram história no mundo artístico e cultural, e disse que mulheres como Carmem Miranda, Cecília Meireles e Tarsila do Amaral, representam todo o potencial das mulheres brasileiras.

Edmilson Freitas

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