Mudanças climáticas: comissão debate impactos sobre o mangue

manguezal

Recife, capital de Pernambuco, é conhecida como a terra do Mangue. Este bioma inspirou o Geógrafo da Fome, Josué de Castro. Motivou o músico Chico Science a criar o movimento manguebeat. O mangue está no centro da cidade, entre a ponte velha e a ponte de Ferro. Mas também é um bioma ameaçado pela ação do homem. Pernambuco é o Estado da Federação que tem o litoral mais denso em população do país. 44% da população reside numa área equivalente a 5% do território, de acordo com o Secretário de Meio Ambiente do Estado, Helvio Polito.

 O assunto foi discutido na sexta-feira (12), na Assembleia Legislativa de Pernambuco, em audiência pública convocada pela Comissão Mista de Mudanças Climáticas da Câmara dos Deputados. O deputado Fernando Ferro (PT-PE), vice-presidente da comissão, recebeu para a discussão pesquisadores do Ibama, Professores da UFPE, além de ecologistas, e representantes da sociedade civil.

“Estamos realizando uma série de audiências em capitais do país com o objetivo de conhecer melhor os problemas provocados pelas mudanças climáticas”, explicou o parlamentar. O deputado Sarney Filho (PV-MA) também esteve presente ao evento, que foi proposto pelo deputado Estadual Odaci Amorim ( PT -PE).

 Com o tema “As Mudanças Climáticas, os Ecossistemas Marinhos e os Manguezais no Nordeste”, o debate abriu a 12ª reunião da comissão. O geógrafo Renaldo Tenório apresentou um estudo sobre os manguezais, ressaltando a importância de proteger este ecossistema. “No Brasil, 20% dos manguezais já foram suprimidos para a psicultura. Se continuar assim, em 30 anos no Brasil não terá mais mangues”, denunciou.

Já o professor Clemente Coelho Júnior, da Universidade Federal de Pernambuco destacou o impacto das mudanças climáticas sobre os manguezais. Ele explicou que os manguezais têm papel fundamental na manutenção do equilíbrio ambiental. “O ecossistema do mangue é o que mais aprisiona CO2 na atmosfera. Mais que a floresta tropical, mais que a mata atlântica”, advertiu.

O pesquisador Moacir Cunha, estudioso dos oceanos, esclareceu a importância dos mares na manutenção do clima no Nordeste Brasileiro. “O oceano, esta máquina térmica maravilhosa, está capitaneando e pilotando tudo em termos climáticos. Mais de 50% do aumento do nível do mar vem da expansão térmica”, anunciou.

Para o deputado Fernando Ferro, a discussão foi de suma importância, uma vez que tudo o que será discutido faz parte das preparações do parlamento brasileiro para a próxima Conferência Mundial Climática da ONU, a COP-19, que ocorrerá no fim deste ano em Varsóvia, na Polônia.

Assessoria Parlamentar

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