Movimentos sociais e sindicatos de diversas categorias já começam a se articular para fazer manifestações nas ruas neste início de ano. O tema central será unificado: “Fora Temer”. Outros itens da pauta são reforma da Previdência, pacote anticorrupção, PEC do Teto, desemprego e “Diretas-Já”.
“A pauta que vai puxar os protestos contra o governo é o combate à reforma da Previdência. Vamos partir dessa proposta absurda de reforma e, no fim, chegaremos ao grito de ‘Diretas-Já’”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas em publicação do jornal O Estado de São Paulo.
Além da CUT, entidades ligadas aos movimentos estudantis também pretendem se mobilizar. “Os movimentos de direita estarão constrangidos em defender um governo indefensável. Nós vamos para as ruas contra a reforma da Previdência e, principalmente, contra a PEC dos gastos públicos, que acaba com os investimentos em educação e condena o futuro do País”, diz Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).
Mesmo a Força Sindical, que tem ficado ao lado do governo de Michel Temer, se diz disposta a ir para as ruas discutir a reforma previdenciária. “Se o governo insistir nesse modelo previdenciário, vai ser impossível não protestar. Os trabalhadores não podem deixar isso passar da forma que está colocado”, afirmou o secretário-geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna.
“A luta em defesa dos direitos sociais vai se intensificar. Haverá um agravamento da situação e vamos nos aproximar de um estado de convulsão social”, reitera Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
Para o líder do MTST, a situação atual do Rio, com greves de servidores públicos e protestos frequentes, pode ser considerada um “exemplo” do que deve ocorrer no País neste ano. “Com o colapso dos serviços públicos, o Rio de Janeiro de hoje será o Brasil de amanhã”.
Brasil247 com agências