Movimentos sociais levam solidariedade e auxílio para os abandonados pelo governo Bolsonaro

Ação de solidariedade capitaneada pelos principais movimentos sociais do campo e da cidade explode por todo o País, em tempos de pandemia provocada pelo coronavírus. Essa rede solidária que conta, entre outros, com o MST, MTST, CUT, Frente Brasil Popular, Povo Sem Medo, Central de Movimentos Populares (CMP) tem ajudado muitas pessoas que precisam e são “esquecidas” pelo desgoverno Bolsonaro.

Alijadas pelo Poder Executivo da ajuda emergencial de R$ 600 aprovada pelo Congresso Nacional, trabalhadores de diferentes ramos, informais, desempregados, pessoas em situação de vulnerabilidade social têm recebido doações de alimentos, roupas, produtos de higiene pessoal, “quentinhas”, máscaras, entre outros itens.

Só o MST, por exemplo, doou recentemente 600 toneladas de alimentos para todo o Brasil para atender esse conjunto carente da população durante a quarentena.

“Tem sido um trabalho muito bonito, porque nós aprendemos com os cubanos que a solidariedade não é dividir o que sobra, mas dividir o que se tem”, disse o coordenador Nacional do MST, João Paulo Rodrigues.

Campanhas

Algumas campanhas foram desencadeadas neste período para sensibilizar as pessoas a entrarem nessa luta. Uma delas é a campanha nacional “Vamos Precisar de Todo Mundo”, coordenada pela Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. A iniciativa disponibiliza o site todomundo.org para facilitar as doações.

“É importante agirmos todos juntos para ajudar quem mais precisa neste momento. Para auxiliar nas diferentes campanhas de solidariedade de todo o Brasil”, defendem as entidades.

Lançado no mês passado, o documento de criação da plataforma diz que a proposta tem como objetivo “gerar um grande movimento nacional que dê sentido à superação das crises que vivemos”.

“É uma proposta de construir uma inspiração nacional de todo o campo democrático e popular para agregar todas as pessoas e movimentos que se identifiquem com a democracia, a solidariedade e com o povo brasileiro”, diz o texto.

O documento contém um conjunto de proposições, entre elas, a “reconversão das indústrias para fabricação urgente de todos os equipamentos e insumos necessários para o combate, atendimento e tratamento para as vítimas do coronavírus, tais como: oxigênio, máscaras, materiais de higiene e desinfecção, fármacos, ambulâncias, leitos hospitalares, respiradores artificiais e equipamento de tratamento intensivo”.

No lançamento da plataforma, o ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Gilberto Carvalho criticou a omissão do governo federal e destacou a unidade para vencer esse momento de dificuldade.

“Nesse tempo de crise tão dura, em que o governo, ao invés de unir o povo para enfrentar, planta o ódio, o preconceito contra a ciência, a desunião, conseguimos esse feito importante. A unidade de todos os movimentos sociais do campo democrático”, conclamou à época.

Grandes Fortunas

O MST, em conjunto com outras entidades, assina a campanha Taxar Fortunas Para Salvar Vidas. Para as entidades, a taxação das grandes fortunas pode contribuir com a transferência de renda e possibilitar mais investimentos em saúde pública.

“Não podemos admitir que cinco grandes bilionários tenham quase R$ 400 bilhões só eles, sozinhos, enquanto temos mais de 50 milhões de pobres vivendo e precisando dos R$ 600 nessa conjuntura. Precisamos de um projeto de emenda urgente. É uma briga grande porque metade do Congresso Nacional é mandado por esse ricos”, argumentou João Paulo.

Outras ações

A Associação Brasileira de ONGs (Abong) também criou ações para conectar quem tem alguma iniciativa de solidariedade, quem precisa de ajuda ou quem quer ajudar. Uma delas é o Rede Solidária. A outra é a Agenda Virtual da Rede Solidária, em parceria com a Conectas Direitos Humanos, um espaço com atividades, encontros virtuais, palestras, lives realizadas por organizações no combate ao vírus.

A Central de Movimentos Populares (CMP) e diversos movimento populares urbanos de todo o país lançaram a campanha Movimentos Contra a Covid-19. A ideia é cadastrar e divulgar pontos de recebimento e distribuição de alimentos, produtos de limpeza e higiene para grupos organizados realizarem doações em favelas, ocupações e periferias.

Desde que foi criada, em 2 de abril, já são 72 pontos de arrecadação e distribuição em todo o país foram distribuídas mais de 25 mil cestas básicas.

A página do ex-ministro da Saúde, deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) também divulga ações acompanhadas pelo parlamentar. Basta acessar a página e conferir como ajudar. Médico infectologista, Padilha também grava, desde o início da pandemia, boletins diários com dicas de prevenção ou tirando dúvidas sobre a covid-19 e o coronavírus.

Foto: Gustavo Bezerra/PT na Câmara

Benildes Rodrigues com informações da RBA e Brasil de Fato

 

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