Além das greves, no próximo dia 30 de junho também acontecerão inúmeras mobilizações e manifestações por todo o país. Isto é o que afirma a nota das Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM) intitulada “Vamos parar o Brasil” e divulgada na sexta-feira (23).
Depois de reunião das centrais sindicais, a CUT reuniu as frentes Brasil Popular, Povo Sem Medo e movimentos sociais, das quais faz parte, por entender a importância das organizações da sociedade civil para barrar as “Reformas” Trabalhista e da Previdência em trâmite no Congresso Nacional.
“O sucesso do dia 28 de abril já aconteceu muito por conta da participação das Frentes e o dia 30 de Junho será mais importante. Os sindicatos farão as paralisações, vão ter atividades matinais e atos na parte da tarde chamados pelos movimentos sociais”, destacou o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas.
A agenda do Governo ilegítimo tem sido atuar junto ao mercado e aos grandes empresários para tirar direitos trabalhistas e acabar com o direito de se aposentar.
“A continuidade do governo Temer ou a sua substituição por outro ilegítimo, indicado indiretamente pelo Congresso, significam a continuidade da agenda de retrocessos. Por isso exigimos a retomada da democracia com a saída imediata de Temer e com a realização de eleições diretas”, diz trecho da nota.
Para o Coordenador do MST, que faz parte da FBP, João Paulo, este é o momento extremamente importante para ir às ruas para barrarmos estes retrocessos impostos aos trabalhadores pelo governo ilegítimo de Michel Temer e seus aliados.
“Os movimentos populares se unem com as centrais sindicais para garantir que no próximo dia 30 possamos parar o Brasil e arquivarmos de vez essa Reforma Trabalhista, que pode ser votada a qualquer momento no Senado”.
A reprovação do texto da Reforma Trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais no último dia 20 mostrou que a unidade da CUT, de outras centrais e de movimentos populares na luta, na resistência e na pressão nos parlamentares para votarem a favor da classe trabalhadora estão no caminho certo.
Nesta semana a “reforma” pra acabar com direitos trabalhistas será debatida na Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Caso reprovado, a proposta será arquivada, mas se passar logo em seguida será levada a votação em plenário.
O coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que faz parte da FPSM, Guilherme Boulos garante que a força do grito das ruas garantirá o enterro desta maldade contra a classe trabalhadora.
“A base do governo que parecia invencível está cheia de fissura e cheia de divisão. Temer pode fazer as maldades porque não está preocupado em se candidatara nada, agora os parlamentares não estão na mesma onda. Temos que pressioná-los”, garante.
(CUT)