A deputada Luci Choinacki (PT-SC) afirmou que uma das maiores preocupações dos movimentos sociais e ambientalistas no país, é a de não saber exatamente a proposta final de reforma do Código Florestal que será apresentada na próxima semana. “As informações sobre o texto final são desencontradas e o relator (Aldo Rebelo) até agora não garantiu se vai incluir no seu relatório as sugestões apresentadas pelo governo federal que contemplam, tanto as reivindicações dos agricultores familiares, como a dos ambientalistas”, destacou.
A afirmação foi feita nesta quinta-feira (28) durante seminário que debateu as mudanças no Código Florestal e os reflexos no desenvolvimento sustentável do país. A reunião, de iniciativa do mandato da deputada Luci Choinacki, contou com a presença de representantes da CUT, da Secretaria Nacional de Meio Ambiente do PT, da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF), da Via Campesina e do Greenpeace.
De acordo com a parlamentar, para ser alcançado um consenso em torno da proposta, o texto final da reforma precisa estabelecer claramente uma diferenciação no tratamento dispensado aos pequenos agricultores no novo Código. Segundo Luci, essa decisão permitiria aos agricultores familiares trabalharem com mais tranquilidade e, ao mesmo tempo, atuarem na preservação das Áreas de Proteção Permanente e da Reserva Legal nas propriedades.
Também participante do encontro, o deputado Padre Ton (PT-RO), membro do Grupo de Trabalho do PT que debateu mudanças no Código, disse que o seminário também serviu para a mobilização dos movimentos sociais.
“No seminário os movimento sociais puderam colocar as suas opiniões sobre as alterações que desejam no Código. O debate também serviu para a conscientização de todos os presentes sobre a importância da mobilização da sociedade por um Código Florestal que atenda as necessidades da agricultura familiar e da preservação do meio ambiente no país”, defendeu.
Héber Carvalho
