A Parada do Orgulho LGBT, mais conhecida como Parada Gay, deve atrair 400 mil turistas para a cidade de São Paulo. O evento ocorre no próximo domingo (14), na Avenida Paulista. A programação da Parada inclui ainda uma série de atividades paralelas, que este ano serão orientadas pelo tema “Sem Homofobia, Mais Cidadania – Pela Isonomia dos Direitos!”. Entre as atrações, abertas ao público, haverá debates sobre o contexto social, profissional e familiar dos homossexuais. Essas “mesas redondas” terão início no dia 3 de junho e se desenrolam até o dia 19.
O evento conta com o apoio de diversas lideranças políticas do Partido dos Trabalhadores. O deputado José Genoino (PT-SP), que deverá participar do ato no domingo, destacou a importância do reconhecimento dos diretos da comunidade LGBT. “É um evento democrático e turístico muito importante. Participo da parada de São Paulo há 10 anos, quando o tema ainda era rejeitado e discriminado pela sociedade. Acho importante o combate à homofobia”, disse. De acordo com o parlamentar, que é à favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo, uma sociedade democrática tem que ter igualdade de direitos.
Legislação – A deputada Maria do Rosário (PT-RS), militante LGBT, parabenizou os organizadores do evento e reclamou da ausência de legislação que assegure os direitos da comunidade homossexual no Brasil. “Em torno de políticas públicas, o parlamento brasileiro ainda continua devedor de medidas que assegurem a plena orientação sexual e a reserva de direitos. A parada de São Paulo é um marco no calendário nacional e internacional. Mobilizações como esta são indispensáveis para a construção de uma sociedade mais democrática”, afirmou Rosário.
Este ano o movimento comemora 30 anos de mobilizações no Brasil. Para a dada serão reunindas fotos de 45 personalidades históricas que deram algum tipo de contribuição à causa, nas arte, na ciência, na sexologia ou em outras áreas. São retratos 3X4, em preto e branco, impressos nos cartazes do 13º Mês do Orgulho GLBT na Avenida Paulista, de pessoas como os intelectuais franceses Simone de Beauvoir e Jean Paul Sartre, o dramaturgo britânico Oscar Wilde, a militante travesti brasileira, Brenda Lee (uma das primeiras a acolher pacientes com HIV no país) e Maria Quitéria que, no início do século XIX, travestiu-se de homem para integrar o exército brasileiro, tornando-se a primeira mulher militar sobre a qual se teve notícia.
O cartaz, que deve estar no metrô, em universidades e no trajeto da passeata – que inclui a Rua da Consolação – lança ainda a campanha “Igualdade todo dia”. No ano passado, mais de 3 milhões participaram do evento.
Edmilson Freitas com agências