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A mortalidade provocada pelo vírus da Aids caiu 13% na última década no País, passando de 6,4 casos de mortes por 100 mil habitantes em 2003, para 5,7 casos em 2013. O dado foi apresentado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira (28) no lançamento da campanha de prevenção às DST e Aids para o carnaval de 2015. Com o slogan “#partiu teste”, a campanha é direcionada principalmente ao público jovem, uma vez que nesta faixa etária os índices de contaminação pelo HIV ainda continuam crescendo.
A estratégia foi adotada focada na prevenção combinada, que alia a importância do uso da camisinha, com a conscientização da população sobre a necessidade do indivíduo saber se foi contaminado e, desse modo, iniciar rapidamente o tratamento.
De acordo com a Pesquisa de Conhecimentos, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP) divulgada pelo ministério, 94% dos brasileiros sabem que a camisinha é melhor forma de prevenção à Aids e DST. Apesar disso, 45% da população sexualmente ativa do País não usou preservativo em suas últimas relações sexuais casuais.
Para o ministro da Saúde, Arthur Chioro, é fundamental reforçar a estratégia de distribuição de preservativos no País. No entanto, ele enfatiza que o Governo precisa atuar em outras frentes no combate à epidemia de Aids e DST, mais compatíveis com a nova realidade da sociedade brasileira, em que houve aumento do número de relações sexuais casuais.
“Nós não podemos lidar na sociedade brasileira usando a camisinha como a única arma de prevenção à Aids e às DST. Nós precisamos ousar com outras estratégias. Precisamos contar com uma mudança de comportamento significativo da população de 15 a 64 anos, sobretudo entre a população mais jovem, que é o aumento significativo do número de parceiros casuais”, afirmou Chioro.
Nesse sentido, Chioro destacou que além dos investimentos focados na informação e no sexo seguro – atualmente, 120 milhões de preservativos estão disponíveis para distribuição no País – o Ministério da Saúde também está concentrando esforços em outras estratégias de prevenção, como o aumento da distribuição de testes rápidos e de medicamentos antirretrovirais. De acordo com o ministro, o tratamento contra o HIV distribuído hoje pelo SUS é uma referência internacional, por ser seguro, gratuito e eficaz.
Segundo dados do Ministério da Saúde, só em 2014 foram distribuídos 6,4 milhões de testes rápidos para o HIV, número 26% maior que os 4,7 milhões distribuídos em 2013. Das cerca de 734 mil pessoas que vivem com HIV e Aids no Brasil atualmente, 80% já foram diagnosticadas. Dessas, 400 mil realizam tratamento gratuitamente pelo SUS.
Fonte:
Portal Brasil