Foto: Gustavo Bezerra
A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) promove na quinta-feira (24), uma audiência pública para debater o impacto social e a saúde do trabalhador provocado pela monocultura de eucalipto no sul da Bahia. A proposta do debate é do presidente da CSSF, deputado Amauri Teixeira (PT-BA)
De acordo com pesquisa do Instituto do Meio Ambiente da Bahia (Ima), a produção de celulose no Sul e Extremo Sul da Bahia começou no início da década de 90. Nessa região, o cultivo do eucalipto encontrou um grau de produtividade cinco vezes maior que em outras regiões do país. A área de plantio de eucalipto ocupa cerca de 500 mil hectares.
Inicialmente, as terras foram adquiridas para implantação dos cultivos, substituindo outros usos, para abastecer as fábricas já instaladas em Minas Gerais e no Espírito Santo. Hoje, grandes empresas já operam na região.
Também de acordo com o Instituto do Meio Ambiente baiano, uma série de conflitos socioambientais na região têm ocorrido por causa de questões fundiárias, problemas ligados à produção de carvão, roubo de madeira, desmatamento, degradação de recursos hídricos, não cumprimento das condicionantes ambientais das licenças referentes a reservas legais e áreas de preservação permanente, utilização de insumos químicos nas plantações, migrações e êxodo rural. Outro problema causado pela monocultura do eucalipto é a diminuição de áreas agricultáveis, da produção agrícola e de empregos. A situação atinge cerca de 24 municípios.
Devem participar da audiência pública representantes dos ministérios do Meio Ambiente, da Saúde, e do Trabalho e Emprego. Também vão estar no debate Alberto Balazeiro, procurador-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 5ª Região, dentre outros convidados.
A audiência acontece a partir das 9h30, no plenário 7 da Câmara dos Deputados.
Assessoria CSSF