Miriquinho quer Arte do Miriti como Patrimônio Imaterial

miriti1_D1O deputado Miriquinho Batista (PT-PA) encaminhou Indicação ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional ( IPHAN), do Ministério da Cultura, para sugerir o registro da Arte do Miriti como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.

Afirmou ainda o deputado que os brinquedos de Miriti são uma forma de expressão da sensibilidade e da representação do universo ribeirinho da região Amazônica. Animais, meios de transportes, figuras humanas, atividades regionais, objetos domésticos, tudo isto está representado na arte do Miriti. “Provavelmente, nasceram da capacidade de adaptação do caboclo brasileiro à natureza que o circunda”, disse.

“Sabemos que, para que determinada manifestação seja identificada como bem cultural imaterial, há que ser constatada sua relevância para a memória, a identidade e a formação da sociedade brasileira, assim como sua continuidade histórica e seu caráter de referência cultural para a comunidade que a mantém e pratica. Entendemos que a Arte do Miriti atende rigorosamente a tais requisitos”, justificou o deputado.

Para embasar sua solicitação, ele transcreveu trecho de uma pesquisa de professores da Universidade Federal do Pará (UFPA), que mostra a importância do miriti na vida cotidiana do caboclo amazonense e na confecção dos brinquedos populares.

“O Miriti ou Buriti é palmeira brasileira que é doce, é vinho e é brinquedo. Da palmeira tudo se aproveita, sendo que cada região tem um uso específico. Pode ser para ornamentação, utilizando suas folhagens e cachos dos frutos; pode servir de alimento; o lenho serve aos seringueiros para fazerem as talas com as quais colhem o látex; do caule, fabrica-se o vinho; da medula do tronco, retira-se a ipurana, fécula cuja qualidade e sabor assemelha-se ao sagu e farinha de mandioca. A polpa amarelo-ouro, que envolve o caroço do fruto, pode ser consumida ao natural ou mesmo usada para fabricar doce, sorvetes, cremes e compotas, sendo também utilizada na confecção de uma espécie de vinho caseiro. O óleo da polpa é usado na cozinha como tempero, mas também serve para produzir sabão. As sementes são usadas no Ceará para alimentação de suínos. As folhas maduras servem para cobertura de casas rústicas e as novas fornecem “embira” bastante resistente, muito utilizada no artesanato regional”, diz o texto.

Assessoria Parlamentar com Equipe Informes

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