Ministros destacam no Congresso Nacional ações de combate à escassez de água

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Foto: Salu Parente
 
Os ministros da Integração Nacional, Gilberto Occhi, das Cidades, Gilberto Kassab, e o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Gallo, afirmaram nesta quarta-feira (13) que o governo federal e a agência têm realizado diversas ações para viabilizar a oferta de água e esgotamento sanitário no País. Também foram destacados iniciativas para combater os efeitos da falta de chuva nos reservatórios de várias regiões. 
 
Durante a audiência pública na Comissão Mista Permanente sobre Mudanças Climáticas, no Senado, o ministro da Integração disse que as mudanças climáticas em curso no planeta, como o aquecimento dos oceanos, vão trazer novos desafios na gestão do uso da água. “Isso irá trazer mais seca para o Nordeste e mais chuvas no Sul do País. Essa realidade exigirá mudanças estruturantes na questão das obras”, avisou.
 
Como exemplo da preocupação do governo para garantir acesso à água potável para todos os brasileiros, Gilberto Occhi lembrou que as obras dos dois eixos do projeto de integração do Rio São Francisco com outras bacias hidrográficas do Nordeste estão adiantadas. “Dos 402 km do Eixo Norte, que levará água para os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, 290 km já estão prontos. Já o Eixo Leste, com extensão prevista para 220 km, tem 160 km prontos”, afirmou. 
 
Ainda, de acordo com o ministro da Integração Nacional, “existem 9.300 trabalhadores nos canteiros de obras da integração do rio São Francisco e até o final de 2016 a obra estará totalmente concluída”.   
 
Já o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, destacou os investimentos realizados em uma área que causa impacto no potencial de oferta hídrica no país, o saneamento básico e a coleta de esgoto sanitário. “De acordo com a ONU, temos 12% do potencial hídrico do mundo.
 
Mas essa distribuição é desigual, pois 70% desse potencial está localizado na região norte do País. Portanto, as obras em saneamento realizados nos últimos anos terão grande impacto na oferta hídrica no futuro”, destacou.
 
Segundo Kassab, apenas em saneamento, entre 2007 e 2015, foram investidos R$ 22,9 bilhões em 806 operações. Já em projetos de esgotamento sanitário, o ministro destacou que no mesmo período foram investidos cerca de R$ 33,9 bilhões. 
 
Conscientização- Para o presidente da Agência Nacional de Águas, Vicente Gallo, além das obras é preciso conscientização da sociedade em relação ao uso racional dos recursos hídricos. “A primeira coisa que a chuva lava é a memória da seca. Portanto, é preciso alterar o elevado padrão de consumo dos recursos hídricos no Brasil”, afirmou.
 
O presidente da ANA defendeu ainda a adoção de sistemas de alerta de consumo nos reservatórios de agua no País, mesmo em períodos de cheia. “Se em todo o País fosse adotado um processo de acompanhamento de uso da água desde a capacidade máxima dos reservatórios, não chegaríamos ao ponto que chegou o sistema Cantareira, no Estado de São Paulo, ao adotar medidas duras para evitar o desabastecimento total de agua”, explicou.
 
Héber Carvalho      
 

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