Foto: Alexandra Martins/Agência Câmara
Em audiência pública realizada na quarta-feira (17) no Congresso Nacional, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general José Elito, negou acusações de monitoramento do movimento sindical dos trabalhadores dos portos.
A audiência pública foi realizada pela Comissão Mista de Controle de Atividades de Inteligência (CCAI), presidida pelo deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), em parceria com as comissões de Fiscalização e Controle e de Trabalho e Administração Pública, ambas da Câmara dos Deputados, presididas, respectivamente, pelos Deputados Edinho Bez (PMDB-SC) e Roberto Santiago (PSD-SP).
O ministro veio prestar esclarecimentos sobre dúvidas suscitadas por duas matérias publicadas no jornal O Estado de S. Paulo, segundo as quais a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional, teria montado uma estrutura para espionar os portuários ligados à Força Sindical, citando especificamente os do porto de SUAPE, em Pernambuco, que seriam ligados ao governador Eduardo Campos.
O ministro afirmou, perante vários deputados e senadores, que são falsas as informações em que se basearam as duas matérias do “Estadão”. Depois de fazer uma explanação sobre a estrutura e o funcionamento da ABIN, esclareceu que houve um monitoramento normal da situação dos portos ante a possibilidade da greve, pois isso acarretaria consequências graves para o país, explicou o ministro, acrescentando que o informe produzido foi difundido a 15 regionais, num trabalho realizado no âmbito da legalidade e das atribuições da ABIN.
O ministro alegou que era o objeto de acompanhamento era a possibilidade de uma greve que pudesse paralisar portos em todo o país. Porém, negou que tenham ocorrido infiltrações em movimentos sindicais, interceptação de telefones, espionagem no porto de SUAPE, instalação de estrutura para esse fim e qualquer relação com o governador Eduardo Campos – citadas pelo jornal.
Márcio Araújo da comissão de relações Exteriores