Os empresários pediram ao ministro para incluir, entre as medidas pró-exportação que o governo estuda adotar, a aceleração da devolução dos créditos tributários que ficam retidos na Receita Federal. A Receita pode demorar até cinco anos para verificar créditos não utilizados que são reivindicados por um exportador. Outra medida em estudo é o fortalecimento do fundo garantidor de crédito às exportações (FGE), que passaria a ser um fundo de grande porte, para garantir o crédito e, dessa maneira, reduzir o risco e o custo financeiro.
O deputado Pedro Eugênio (PT-PE) avaliou nesta segunda-feira que as exportações são uma questão de muito impacto atualmente, uma vez que o mercado mundial ainda se ressente dos efeitos da crise financeira internacional. “O mercado interno está em expansão, mas o mercado externo ainda está convalescendo. As exportações brasileiras, de certa forma, têm limitação pelo câmbio, que não é favorável hoje ao exportador, mas ainda assim estamos exportando bem, principalmente commodities”, afirmou o deputado.
Segundo ele, para aumentar a produção industrial, entretanto, é necessário fazer frente a uma concorrência acirrada. “O fato de termos um financiamento mais institucionalizado, com um banco semelhante ao Eximbank é muito interessante”, destacou.
Pedro Eugênio lembrou que seu relatório na comissão que analisou o impacto da crise financeira internacional da indústria, no final do ano passado, já sugeria a criação de um organismo semelhante ao Eximbank e a criação de um fundo garantidor para empresas. “A proposta do governo é extremamente oportuna. Na época cogitava-se que pudesse haver um departamento no BNDES para incentivo às exportações, mas a solução de um banco, com direção e orçamento próprios é muito positiva. Mostra que o Brasil está no caminho certo para dar mais competitividade à produção”, disse.
Crescimento – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que o Brasil tem capacidade para ser um dos países que crescerão neste ano de 2010, após a crise financeira internacional. Segundo ele, essa afirmação é feita com base em dados como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou elevação de 0,52% no mês passado, contra 0,78% em fevereiro e 0,75% em março.
Gabriela Mascarenhas com agências