Os gritos de “golpista” e “fora Temer” acompanharam o ministro interino da Saúde, Ricardo Barros (PP) durante a abertura do 32º Congresso Nacional de Secretarias Municipais de Saúde que ocorreu em Fortaleza (CE), nesta quarta-feira (1º). A redução no orçamento do SUS originou o protesto que impediu o ministro de discursar em um dos mais importantes eventos na área da saúde. O congresso reúne mais de quatro mil gestores municipais de saúde de todo o País.
Para deputado Jorge Solla (PT-BA), membro titular da Comissão de Seguridade Social da Câmara a manifestação representa a insatisfação da população com as medidas adotadas pelo governo golpista e conspirador de Michel Temer.
“O ministro interventor golpista foi o primeiro a chegar defendendo cortes no SUS. Não poderia ter sido recebido de outra maneira pelos secretários municipais de saúde, se não com vaias e protestos”, afirmou Jorge Solla, lembrando que a manifestação não foi feita por claque contratada, mas por gestores que atuam diretamente com a população que mais precisa de eficiência na área da saúde.
O deputado fez questão de lembrar que nem mesmo no período do regime militar aqueles que, à época, assumiram o Ministério da Saúde, defenderam corte de recursos para a pasta.
“O projeto golpista que eles querem impor ao país, colocando teto de gastos na saúde com base na inflação, representa o desmonte do SUS. Se aprovado, veremos ano a ano unidades fechando as portas. O interventor será vaiado cada vez que colocar a cabeça para fora do gabinete. Na sociedade, a rejeição a esse projeto de país golpista é unânime”, revelou Solla.
Benildes Rodrigues