Ministras propõem pacto pela igualdade de gênero, racial e pelo combate à miséria

bancada_Feminina_ministrasAs ministras Iriny Lopes, da Secretaria Especial de Política para as Mulheres, Maria do Rosário, Direitos Humanos e Luiza Bairros, da Secretaria de Igualdade Racial, assumiram compromisso nesta terça-feira (15) de trabalhar, ao lado da bancada feminina da Câmara, pela igualdade de gênero, racial e no combate à violência e à pobreza no país.

O pacto foi firmado durante seminário da bancada feminina da Câmara para discutir as pautas de interesse das mulheres que deverão ser incluídas nas votações da Casa durante o ano de 2011.

Na mesa de abertura do seminário, presidida pela deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), coordenadora da bancada feminina, a ministra Iriny Lopes, defendeu avanços nas políticas públicas do país, que assegurem autonomia financeira, política e social para as mulheres no Brasil. De acordo com a ministra, apesar de todos os avanços obtidos no governo Lula, ainda existem grandes obstáculos a serem superados.

“A miséria no Brasil tem gênero e raça: ela é feminina e negra. A nossa luta pela independência da mulher vai aumentar. Vamos lutar juntas para aprovarmos matérias importantes que tramitam nesta Casa, não só para ampliar a participação das mulheres na vida política do país, como também dar a elas empoderamento econômico, social e político”, afirmou Iriny. A ministra  citou as PECs do trabalho doméstico e da ampliação da licença maternidade para seis meses, como uma das prioridades do governo.

A ministra Rosário pediu empenho de todas as deputadas no projeto de governo da presidenta Dilma, que tem como foco o combate à miséria. Segundo a ministra, diante do cenário favorável à equiparação de gêneros no país, as mulheres estão diante de uma grande oportunidade para fazer a diferença. “Estamos aqui para fazer a diferença, expressar o olhar das mulheres sobre todas os desafios para o Brasil. Juntas com a presidenta Dilma, vamos trabalhar para extinguir a pobreza, promover a igualdade de gêneros e racial e acabar com a violência em todas as suas expressões na sociedade brasileira”, defendeu Rosário, destacando que sua pasta vai dialogar com todos os demais setores do governo Federal, especialmente com a área econômica.

A ministra da Igualdade Racial, Luiza Bairros, fez um chamado a toda a população brasileira para a promoção da igualdade racial no Brasil. De acordo com a ministra, 2011 foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) como o ano dos afro-descendentes. “A igualdade racial só se realiza quando as políticas públicas tiverem impacto direto na vida cotidiana da população negra. Temos que pensar essas políticas, não apenas como um benefício para a comunidade negra mas, sim, como um avanço para toda a sociedade brasileira”, disse. A ministra defendeu ainda uma ampla participação das mulheres na elaboração da reforma política, com vistas à inclusão de mecanismos que aumentem a participação da mulher na política.

Carta – Durante a cerimônia de abertura do evento, as deputadas entregaram ao presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), uma carta com as principais reivindicações das deputadas. Ao receber o documento, Marco Maria reafirmou o seu compromisso com a valorização das mulheres na Casa e propôs um encontro quinzenal com as deputadas para debater a inclusão de matérias de interesse das mulheres na pauta de votações da Casa. “Vamos trabalhar para dar todo o
apoio necessário às mulheres, para que possam ter uma atuação de destaque nesta Casa. Vamos trazer esta temática para o centro dos debates, e não somente quando das comemorações do dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres”, defendeu.

Na carta, as deputadas pedem uma reforma política que priorize a igualdade entre homens e mulheres, a valorização das parlamentares e de sua representação, inclusive com a criação de estrutura física na Câmara para a bancada feminina.

Edmilson Freitas

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