O Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMID) repudiou nesta quinta-feira (19), por meio de nota, o ataque sofrido na quarta-feira (18) pelas participantes da Marcha das Mulheres Negras, em Brasília. Ao chegaram no Congresso Nacional, elas foram “recebidas” com bombas e agressões por parte de grupos que estão acampados há semanas no local a serviço de uma pauta antidemocrática.
“Diante dessa reação violenta à maior marcha contra o racismo desde a de Zumbi, em 1995, o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos se solidariza às mulheres atingidas pelos ataques e informa que se empenhará – por meio do acompanhamento feito pelas Ouvidorias da Igualdade Racial, de Direitos Humanos e a da Mulher – para que os atos de violência sejam devidamente apurados e os autores responsabilizados”, diz a nota.
Leia íntegra a seguir.
Nota de repúdio aos ataques à Marcha das Mulheres Negras
O Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos (MMID) repudia as agressões e ameaças perpetradas contra as mulheres negras em marcha, ontem (18/11), na Esplanada dos Ministérios. A liberdade de expressão e de manifestação é direito de todos e todas, e foi exercida na “Marcha das Mulheres Negras contra o Racismo, a Violência e pelo bem Viver” de maneira legítima e de forma a fortalecer a democracia, objetivando a defesa da cidadania plena de todas e todos os cidadãos do Brasil, sem distinção de raça e gênero.
Diante dessa reação violenta à maior marcha contra o racismo desde a de Zumbi, em 1995, o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos se solidariza às mulheres atingidas pelos ataques e informa que se empenhará – por meio do acompanhamento feito pelas Ouvidorias da Igualdade Racial, de Direitos Humanos e a da Mulher – para que os atos de violência sejam devidamente apurados e os autores responsabilizados.
Reforçamos a posição do governo no sentido de promover e fortalecer políticas que contribuam para reverter os efeitos do racismo e do machismo, e reconhecemos que, mesmo diante de tantos avanços no acesso a direitos e oportunidades, ainda há muito a ser feito, sobretudo no campo das lutas simbólicas.
Seppir Presidência
Foto: Blog do Planalto