Ministério lança guia durante Semana Mundial da Amamentação

amamentacao_D1O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (1º), no Rio de Janeiro, a campanha da Semana Mundial de Amamentação e o Guia dos Direitos da Gestante e do Bebê. A publicação, lançada em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef), reúne informações sobre os direitos da gestante e da criança, detalha as obrigações do Estado e mostra onde buscar apoio quando as garantias asseguradas em lei não estiverem sendo cumpridas. A atriz Juliana Paes, que aparece no material publicitário com o filho Pedro, é a madrinha da campanha de amamentação do governo federal.

“A ideia é que todas as gestantes do Brasil saibam dos direitos que têm desde o pré-natal, passando pela assistência ao parto, o desenvolvimento e crescimento da criança até os dois anos de idade”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Com ilustrações do cartunista Ziraldo, o guia destaca os benefícios do aleitamento materno. Segundo o Ministério da Saúde, amamentar é a forma mais eficaz para a redução da mortalidade infantil, além de proteger a criança de inúmeras doenças.

A semana da amamentação é comemorada anualmente e este ano será do dia 1º a 7 de agosto. Cartazes e folhetos serão distribuídos pelas Sociedades de Pediatria dos estados e do Distrito Federal, pelas secretarias estaduais e municipais de Saúde. Também foram produzidos filmes para a TV e internet, além de um spot para o rádio.

Atualmente, apenas 41% dos bebês menores de seis meses no país são alimentados exclusivamente com leite materno, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A taxa é semelhante à média mundial, calculada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em menos de 40%, mas é bem abaixo do percentual ideal definido pela organização – entre 90% e 100% das crianças nessa faixa etária.

“Nós queremos chegar sim a 80% do aleitamento materno exclusivo. Não fechamos uma meta por ano, mas tem um conjunto de ações porque não depende só do governo, depende das empresas”, afirmou Padilha. De acordo com o ministro, em um ano 10.000 empresas passaram a cumprir a lei que garante licença maternidade até seis meses para incentivar o aleitamento materno.

Sobre a importância da amamentação durante os seis primeiros meses de vida dos bebês, o deputado Dr. Rosinha (PT-PR), integrante da Comissão de Seguridade Social e Família e pediatra por formação, ressalta que, “além de garantir a nutrição adequada, a amamentação garante a imunidade para muitas doenças, já que o leite materno tem os anticorpos necessários à criança”.

Nesse mesmo sentido, o deputado destaca a relevância da licença maternidade de seis meses. “A licença é para a mãe, mas quem goza dela, principalmente, é o bebê. Por isso, é muito importante o Ministério da Saúde divulgar esse assunto, por se tratar de um tema que não está cotidianamente na mídia”, afirma Dr. Rosinha.

Nos últimos 20 anos, ações implementadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pela sociedade civil melhoraram significantemente o nível de proteção à saúde de bebês. Entre elas, está a maior conscientização por parte das mães sobre a importância de amamentação exclusiva durante os seis primeiros meses de vida e complementar até dois anos. De acordo com o Ministério da Saúde, em 18 anos, o índice de mortalidade infantil caiu 60%. Em 1990, a cada mil nascidos vivos, 47 morriam antes de completar um ano de vida. Em 2008, esse número diminuiu para 19 em cada mil.

Tarciano Ricarto com agências

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também