O Ministério da Pesca vai entregar 23 novas lanchas para aumentar a fiscalização da atividade pesqueira em 17 estados. O objetivo é atender principalmente áreas prioritárias como a região Amazônica e o Pantanal em que a pesca amadora e artesanal ainda causa conflito entre os trabalhadores. Segundo o ministro da pesca, Altemir Gregolin, os próprios pescadores pedem por mais fiscalização. “Há um consenso de que a estrutura de fiscalização precisa ser aumentada. Se não houver fiscalização, o peixe acaba. O peixe não é propriedade privada”, destacou o ministro.
Na avaliação do deputado José Airton Cirilo (PT-CE) o aumento da fiscalização dará mais garantia à pesca sustentável. “A fiscalização é uma reivindicação da própria população, que tem estado mais atenta ao problema da pesca predatória que atinge muitos estados. Esta é uma medida mais que positiva que, promovida com intensidade, pode acabar com a omissão dos estados quanto ao problema e insistir na produção sustentável e sobretudo na tranquilidade dos pescadores”, disse.
De acordo com Gregolin, o risco de queda na produção é grande. Na região Sudeste, por exemplo, a produção chegava a 220 mil toneladas anuais na década de 70. Em 2000, a produção não passou de 17 mil toneladas e só se recuperou após a mudança no período de proibição da pesca, que passou de quatro para seis meses.
Em 2009 cinco lanchas foram entregues aos estados do Rio Grande do Sul, Ceará e Pará, totalizando uma soma de R$ 23 milhões. Gregolin afirmou que o ministério assumirá parte da responsabilidade, mas que “a operacionalização ficará a cargo de órgãos parceiros em cada estado”, concluiu.
EI com mInistério da Pesca
