“Minha irmã morreu na causa em que sempre acreditou", diz Evaristo Arns

13-01-paulo evaristo arns-D2Inspirador da ação humanitária conduzida pela irmã desde 1982, dom Paulo Evaristo Arns afirmou que Zilda Arns “morreu de uma maneira muito bonita, na causa em que sempre acreditou”.

 A médica pediatra de 75 anos de idade palestrava por países da América Central e do Caribe durante o incidente. Dom Paulo foi avisado da morte da irmã pelo chefe de Gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Mais cedo, ele rezou uma missa pelas vítimas no Haiti, que, segundo estimativas, podem chegar aos milhares.

O atual cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, está viajando. Em nota, a Coordenação Nacional da Pastoral da Criança escreveu que Zilda estava “participando da Conferência dos Religiosos daqueles país e também para motivar os líderes e voluntários da Pastoral da Criança no Haiti que trabalham com crianças, gestantes e famílias”. A entidade informou também que o senador Flávio Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, está a caminho do Haiti junto do ministro da Defesa, Nelson Jobim.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou “absolutamente chocado” com a morte de Zilda, de acordo com o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. “Ele (Lula) lamentou muito. Zilda é uma pessoa de grande projeção no país”, disse o chanceler, que se reuniu com o presidente e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, para definir medidas para socorrer brasileiros no Haiti.

O vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), manifestou pesar pela tragédia que atingiu o Haiti. Ele lastimou o falecimento de todos os brasileiros que estavam no país. “Expresso minha solidariedade aos familiares dos militares que estavam em missão naquele país”, disse Marco Maia.

O deputado lamentou a morte da fundadora e coordenadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns. “O Brasil perdeu a grande defensora das crianças. Estou solidário a todos que conviveram e contribuem para a causa de Zilda. O trabalho dela deve servir de inspiração para todos nós para seguir na defesa das crianças brasileiras. O país está de luto”, afirmou Marco Maia.

O deputado Pedro Wilson (PT-GO), presidente em exercício da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, emitiu nota oficial em que manifestou pesar pela morte trágica de Zilda Arns. “O Brasil, assim como o povo irmão do Haiti, encontra-se enlutado pelo ocorrido e lamenta a perda dessa lutadora das causas sociais de nossa gente, em especial das crianças brasileiras e de todo o mundo”, diz o texto.

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), afirmou que a morte da coordenadora nacional da Pastoral da Criança foi uma das perdas “mais expressivas” do país. “Ela era um exemplo extraordinário de dedicação às crianças, aos pobres e às causas sociais. Era uma referência”, afirmou.

O presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), divulgou nota em que classifica Zilda de “sinônimo de doação, em sua luta pelos mais carentes, no combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo”. Para ele, a morte da médica deixa “milhões de órfãos” no Brasil, “não só os integrantes de sua família, mas também os muitos filhos adotados por ela na Pastoral da Criança e na Pastoral do Idoso”.

Segundo Temer, Zilda Arns tornou-se “sinônimo de doação, em sua luta pelos mais carentes, no combate diuturno à mortalidade infantil e na busca pela melhoria da vida do povo”. O presidente da Câmara diz ainda, na nota, que o amor da médica brasileira ao próximo “não tinha fronteiras” e que “o Brasil lamenta essa perda irreparável”.

O governador do Paraná, Roberto Requião, declarou luto oficial por três dias. Foi em seu Estado que Zilda iniciou os trabalhos da Pastoral da Criança, em 1983. “Morreu no Haiti minha amiga Zilda Arns. Grande perda para o Brasil e dor para os amigos”, escreveu ele no microblog Twitter.

O prefeito de Curitiba, Beto Richa, também usou o microblog para se manifestar. Ele está em viagem ao exterior. “Recebo ligação do Brasil sobre morte de Zilda Arns. Não existe sensação de perda maior. A humanidade perde com a ausência dela”, escreveu ele sobre a médica três vezes indicada ao Prêmio Nobel pelo Brasil.

Ligado à Pastoral da Criança, o senador Tião Viana (PT-AC) escreveu: “a doutora Zilda Arns perde a vida ao lado dos pobres do mundo. Milhões de pastorais choram”. Estimativas da entidade apontam que mais de dois milhões de crianças foram beneficiadas pelo trabalho da médica. “Desfrutei com a doutora Zilda especiais encontros sobre a vida, sobre fraternidade, sobre

O corpo de Zilda será trazido do Haiti em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O velório e enterro serão em Curitiba, onde moram os quatro filhos da médica.

Equipe Informes, com informações da Folha Online e assessoria parlamentar

 

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