O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou nesta terça-feira (2), no Senado, que o Brasil ocupará um papel de protagonismo na Conferência Internacional das Mudanças Climáticas da ONU (COP 15) que acontecerá em dezembro em Copenhagen (Dinamarca).De acordo com o ministro, apesar de todas as dificuldades, o Brasil tem mostrado ao mundo que é possível conciliar desenvolvimento com preservação ambiental.
Minc informou que o conjunto de ações do governo Federal integradas com estados e municípios para combater o desmatamento, tem surtido efeitos positivos. Segundo dados apresentados pelo ministro, o desmatamento na Amazônia legal caiu 65% no último ano. De agosto de 2008 a julho deste ano foram derrubados 1.766 km² de florestas, ante os 5.031 km² degradados nos 12 meses anteriores. Os dados são do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).
Força tarefa – Para melhorar ainda mais a performance do Brasil nas questões ambientais durante a COP 15, o ministro sugeriu aos parlamentares que façam um levantamento dos projetos mais importantes em tramitação no Congresso sobre ações ambientais e proponham a inclusão na pauta de votações ainda em setembro. Ele mencionou como prioridade a aprovação dos projetos sobre resíduos sólidos e reciclagem. Projetos na área de energia renovável e combate à desertificação também foram destacados.
Minc citou a criação do fundo social com recursos do pré-sal que serão revertidos para investimentos em educação, ciência e tecnologia e também meio ambiente. O ministro participou nesta terça-feira de audiência pública na Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas do Congresso.
O deputado José Guimarães (PT-CE), representante da bancada do PT no debate, elogiou o trabalho do governo na proteção da Amazônia brasileira, mas advertiu para a necessidade de preservação dos demais biomas, como o Cerrado, a Caatinga e demais vegetações nativas. “O debate ambiental tem que ser amplo. O Brasil é muito maior que isso. O Nordeste brasileiro, por exemplo, está vivendo um intenso processo de desertificação. Se algo não for feito a tempo, a situação ficará irreversível”, alertou o parlamentar.
Edmilson Freitas