Militantes em greve de fome pedem no STF agilidade para votar prisão em 2ª instância

Três militantes que fazem greve de fome pela libertação de Lula há 18 dias entraram em cadeiras de rodas no Supremo Tribunal Federal (STF) no fim da tarde desta sexta-feira (17), onde foram recebidos em audiência pelo chefe de gabinete do ministro Gilmar Mendes, José Carvalho Filho. No encontro, Jaime Amorim e Vilmar Pacífico, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), e Rafaela Alves, do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), reiteraram o pedido para que a Corte inclua em sua pauta de votação a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADC 54) que questiona a constitucionalidade da prisão de condenados em 2ª instância. O chefe de gabinete prometeu encaminhar o pedido a Gilmar Mendes.

Em entrevista, Jaime Amorim disse que alertou o chefe de gabinete do ministro sobre a responsabilidade da Corte em relação às consequências do atraso do julgamento da ação. “Reafirmamos que nossa situação está nas mãos do STF. Se algum de nós não resistir (à greve de fome), queremos ser velados em frente ao STF. Por isso, apelamos a Gilmar Mendes para que pressione o julgamento, e que se cumpra o que diz a Constituição Federal sobre o princípio da presunção da inocência”, ressaltou. Os outros dois grevistas, Vilmar Pacífico e Rafaela Alves, também confirmaram que levarão a greve de fome até o julgamento da ADC.

Os grevistas foram acompanhados na audiência pelos advogados Paulo Freire, do escritório Cezar Britto Advogados e Associados; Márcio Gontijo, ex-conselheiro da Comissão de Anistia e ex-procurador do Trabalho; e Carlos Moura, da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.

Ato inter-religioso – Enquanto os três grevistas eram recebidos em audiência no STF, os outros militantes em greve de fome – Frei Sérgio Görgen, do MPA; Luiz Gonzaga, o Gegê, da Central dos Movimentos Populares (CMP); Zonália Santos, do MST; e Leonardo Soares, do Levante Popular da Juventude – participaram de um ato inter-religioso em frente à Suprema Corte.

Segurando velas, os grevistas e militantes cantaram e ouviram palavras de ânimo e fé dos líderes religiosos presentes. Ao fim, todos rezaram o “Pai Nosso”.

Héber Carvalho

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