Milhares nas ruas de São Paulo contra a redução dos gastos sociais

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A Frente Povo Sem Medo promoveu no domingo (27) um ato contra a PEC 55/241, proposta que congela os gastos dos governos nos próximos 20 anos, na avenida Paulista, região central de São Paulo. A manifestação reuniu cerca de 40 mil pessoas segundo os organizadores.

Representantes de movimentos sociais, parlamentares e manifestantes presentes denunciaram que Temer não tem mais condições de governar o País. Para Guilherme Boulos, coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), a “PEC 55 vai destruir o estado brasileiro, acabar com a capacidade de investimento social em saúde, educação e moradia. E é isso que eles querem fazer, querem deixar o estado só para eles, para que eles possam ganhar tudo”, afirmou.

Segundo Carina Vitral, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), é a juventude que está na linha de frente contra a PEC 55, resistindo também contra a Reforma do Ensino Médio. O motivo, ela analisa, “é por que agora é o povo brasileiro que está na universidade, naquela mesma sala de aula que era só dos ricos. Agora os filhos dos pobres querem garantir seu futuro. E o nosso futuro vai ser garantido nas ruas, com mobilizações, com as ocupações das escolas e universidades”.

O discurso unificado de quem estava na manifestação, inclusive entre as pessoas sem qualquer vinculação partidária, que compareceram em grande número, era a denúncia contra as reformas e medidas do governo ilegítimo de Michel Temer.

A estudante Letícia Soares, de 17 anos, estava animada. “Acho que as pessoas estão começando a perceber que este governo foi montado para evitar a punição de corruptos. Em seis meses, seis ministros saíram por denúncias de falcatruas”, citando o mais novo escândalo do governo Temer, o pedido de demissão de Geddel Vieira Lima, Secretário de Governo até o último dia 25.

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) pontuou que as pessoas que, de verde e amarelo, que ocuparam a avenida Paulista contra a presidenta Dilma” e “bateram panelas”, até agora não se pronunciaram sobre o “escândalo envolvendo Geddel e Michel Temer”.

“É de uma irresponsabilidade o que faz essa burguesia da avenida Paulista. Diziam que era uma luta contra a corrupção e o que nós temos hoje é uma quadrilha no Palácio do Planalto. Agora eles querem fazer um golpe dentro do golpe. Tem gente querendo eleição indireta no Congresso Nacional. Esse Congresso não tem autoridade moral para eleger um presidente. Nós temos que levantar a bandeira das Diretas Já”, disse o senador.

(AP)

Foto: Paulo Pinto

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