Mais de cinco mil trabalhadores rurais organizados no Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e nos demais movimentos da Via Campesina iniciaram na manhã deste sábado (11), no entorno do Distrito Federal, uma marcha que parte de três pontos diferentes rumo à capital. Eles se unem em torno da Marcha Nacional Lula Livre, pela libertação do ex-presidente Lula e em defesa da democracia.
Cada coluna, com mais de 1500 militantes, percorrerá em torno de 50 a 90 km passando por diversas cidades no caminho, em diálogo com a população.
As marchas iniciaram suas caminhadas a partir das 6h30 partindo dos seguintes locais: Formosa (BR-020), Luziânia (km 23 na BR-040) e Engenho das Lages (BR-060). São elas Coluna Tereza de Benguela, Coluna Ligas Camponesas e Coluna Prestes.
MST- A Coluna Prestes, que está em Luziânia e reúne militantes do Sul e do Sudeste, realizará um ato, às 17 horas, já em Valparaíso de Goias, com as presenças de artistas locais.
A Coluna Tereza de Benguela já pega a estrada em direção a Brasília e realiza um ato político cultural às 17 horas em Samambaia, com a presença de artistas e autoridades. Ela saiu de Engenho das Lages e reúne trabalhadores da região Norte e Centro-Oeste do país.
A Coluna Ligas Camponesas reúne os militantes de oito estados do Nordeste. Após marchar desde Formosa já em direção a Brasília, os trabalhadores terão um momento de estudo e debates pela tarde, sobre o tema da conjuntura e dos desafios da classe trabalhadora, respondendo ao questionamento “Por que marchamos?”
“Estamos passando por um momento crítico em que há uma prisão arbitrária do presidente Lula, há mais de cento e vinte dias. Estamos imersos em uma crise política e nos aproximando das eleições presidenciais e a Marcha é um momento para dialogar com a população brasileira sobre o que está acontecendo no nosso país”, comentou Ceres Hadich, da direção nacional do MST no Paraná.
A Marcha se articula com uma série de outras movimentações da classe trabalhadora com o objetivo de influir no contexto político do País e lutar pela liberdade de Lula e seu direito de ser candidato.
Desde o último dia 31/7, sete militantes da Via Campesina, do Levante Popular da Juventude e da Central dos Movimentos Populares (CMP) estão em greve de fome cobrando justiça ao Supremo Tribunal Federal (STF).Nesta sexta-feira (10), as centrais sindicais e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizaram o Dia do Basta, por emprego, direitos e por Lula Livre. No dia 15, a chegada da Marcha Nacional Lula Livre em Brasília deve contar com uma grande concentração da classe trabalhadora, exigindo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a inscrição da chapa de Lula.
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Con informações do MST