O ex-ministro dos governos Lula e Dilma, o gaúcho Miguel Rossetto, teceu duras críticas às políticas de desmonte do Estado brasileiro e a proposta de Reforma da Previdência promovidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer e seus apoiadores. Rossetto, que é pré-candidato a governador do Rio Grande do Sul, esteve reunido com as bancadas do PT da Câmara (foto) e Senado nesta segunda-feira (19) em Brasília.
Rossetto – que falou ao vivo às redes sociais do PT na Câmara – destacou as mobilizações que ocorreram em todo o País nesta segunda-feira. Para o ex-vice-governador gaúcho, o Dia Nacional de Luta é fundamental para barrar a votação da Reforma da Previdência (PEC 287/16), enviada à Câmara pelo Executivo.
“Essa proposta de alteração da Previdência Social é um desastre, uma irresponsabilidade social. Hoje no Brasil temos 33 milhões de cidadãos que são assistidos pela Previdência. Mais de 94% dos idosos são acolhidos pela Previdência Social”, enumerou Rossetto, que também foi ministro do Trabalho no governo Dilma Rousseff.
Segundo Rossetto, a mudança nas regras de aposentadoria resulta na “instabilidade política que o país vive por conta do golpe que retirou Dilma [Rousseff] da Presidência da República. A desorganização política e institucional que o Brasil vive é fruto do arbítrio e do golpe”.
O desmonte do Estado brasileiro – com as privatizações de empresas públicas, a destruição da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a aprovação da Emenda Constitucional 95 – que congelou investimentos públicos em saúde, educação e em outros setores – visa a destruição da Previdência Social brasileira. Mas o “PT vai resistir a isso e não votar a Reforma da Previdência”, finalizou Rossetto.
No início da noite, o governo federal anunciou a retirada de pauta da Reforma da Previdência.
Carlos Leite
Foto: Magno Romero