Os analistas e investidores do mercado financeiro, consultados semanalmente pelo Banco Central, reduziram de novo as previsões para a inflação neste ano. Agora, a projeção para o avanço da inflação oficial em 2014, que é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA/IBGE), caiu de 6,48% para 6,44%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda (21).
O Focus avalia as projeções do mercado sobre os principais indicadores econômicos do País. Nos primeiros meses deste ano, o mercado apostava em um forte avanço da inflação em 2014. Em abril, a previsão chegou a ultrapassar teto da meta, que é 6,5% ao ano. Mas agora o mercado vem gradualmente corrigindo suas previsões para baixo nas últimas pesquisas.
Em 12 meses, os analistas projetam agora uma alta de 5,95% no IPCA, contra 5,92% na pesquisa anterior. A projeção para a inflação em julho baixou de 0,24% para 0,22%.
Meta de inflação e Selic – A previsão do mercado para a inflação oficial neste ano, de 6,44%, ainda está acima do centro da meta do governo, que é de 4,5%, e um pouco abaixo do limite superior (6,5%). Quando os preços sobem acima da meta, o Banco Central entra em ação, principalmente por meio da elevação da taxa básica de juros, a Selic.
Com as quedas recentes na inflação, o Banco Central decidiu manter, na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na quarta-feira (16|), por unanimidade, a taxa Selic em 11,00% ao ano. De acordo com o Focus, o mercado espera que essa taxa seja mantida até dezembro. Até o fim de 2015, a Selic subiria a 12%.
Outros indicadores também em baixa – O mercado agora também aposta em números menores para a inflação medida por outros indicadores, como o Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), da Fundação Getúlio Vargas, que caiu de 5,04% para 5,01%. O IGP-M registra a inflação de preços desde matérias-primas agrícolas e industriais até bens e serviços finais.
Já a mediana das projeções dos analistas e investidores para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), também da FGV, baixou de 5,04% para 4,49%. O IGP-DI faz medições no mês cheio, do dia 1º ao 30 ou 31, avaliando o avanço nos preços no atacado, ao consumidor e os custos da construção, com pesos de 60%, 30% e 10%, respectivamente.
No conjunto das previsões divulgada pelo Boletim Focus, a expectativa para o Índice de Preços ao Consumido (IPC), que é calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), também foi reduzida de 5,69% para 5,56%.
O IPC-Fipe começou a ser calculado em janeiro de 1939, pela Divisão de Estatística e Documentação da Prefeitura de São Paulo, com o nome de Índice Ponderado do Custo de Vida da Classe Operária na cidade de São Paulo. Em 1968, o cálculo passou a ser feito pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da USP e, posteriormente, em 1973, com a criação da Fipe, para esta instituição. O nome atual do índice foi adotado em 1972. Ele mede a inflação na cidade de São Paulo.
O IPC-Fipe é calculado medindo-se o mês cheio, de 1 a 30 ou 31, e de maneira quadrissemanal, isto é, a cada uma das quatro semanas do mês. O sistema de cálculo da variação quadrissemanal do IPC-Fipe abrange um período de oito semanas de coleta.
Próximo ano – Segundo o Boletim Focus, a estimativa para a inflação oficial no próximo ano, medida pelo IPCA/IBGE, passou de 6,10% para 6,12%.
Em 12 meses, os analistas estimam agora elevação de 5,95% no IPCA, ante 5,92% na pesquisa antecedente.
Blog do Planalto e Portal Brasil com informações do Banco Central.