Uma das primeiras ações da Bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados, neste segundo semestre, será a convocação do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para que ele esclareça como lucrou R$ 217 milhões com serviços de consultoria a empresas.
Um dos maiores pagadores ao ministro foi a JBS, de Joesley Batista, que acusou o presidente Michel Temer como “chefe da maior e mais perigosa organização criminosa do Brasil.”
O anúncio foi feito na tarde de segunda-feira, 31, pelo líder petista Carlos Zarattini (SP). O deputado afirmou que os parlamentares do PT vão entrar com várias ações a fim de questionar o ministro que recebeu R$ 167 milhões por serviços prestados por sua consultoria a grandes empresas como a J&F, do empresário Joesley Batista antes de assumir a pasta mais importante do governo ilegítimo de Temer.
Zarattini disse ainda que situação é mais grave porque o ministro recebeu ainda outros R$ 50 milhões, quatro meses depois de ser empossado na Fazenda. Portanto, o PT vai entrar com requerimento de informações na Controladoria-Geral da União (CGU) e na Procuradoria-Geral da República (PGR). “Não basta investigar Temer, é preciso investigar as novas revelações de irregularidades no lucro de 217 milhões”, apontou o líder petista.
As movimentações milionárias do ministro começaram em 1º de fevereiro de 2016. Naquele momento, o atual ministro já era apontado como favorito do então vice-presidente Michel Temer (PMDB) para assumir a pasta da Fazenda, diante de especulações de que o impeachment da presidenta Dilma Rousseff aconteceria ainda no primeiro semestre de 2016.
José Mello