Em cumprimento a uma das principais diretrizes do Programa Mais Médicos, o Ministério da Educação (MEC) autorizou a criação de oito novos cursos de medicina no interior do País. Ao todo serão 420 vagas distribuídas nas universidades federais situadas nos estados da Bahia (160), Piauí (40), Rio Grande do Norte (40), Minas Gerais (60), Mato Grosso do Sul (60) e Goiás (60).
A portaria autorizando a ampliação dos cursos foi publicada nesta terça-feira (13), no Diário Oficial da União.
O Programa Mais Médicos foi sancionado pela presidenta Dilma Rousseff no ano passado e prevê a criação de 11.447 vagas em faculdades de medicina até 2017.
Para o deputado Rogério Carvalho (PT-SE), que foi relator da medida provisória que deu origem ao programa, a iniciativa do MEC atende ao objetivo do Mais Médicos e desmonta o argumento da oposição sobre o imediatismo das ações do governo para essa área.
“A implementação dessas diretrizes mostra o caráter inovador do Mais Médicos. É um programa de fôlego, de longo e não de curto prazo como os adversários do PT e da presidenta Dilma querem fazer crer”, argumentou Rogério Carvalho.
Para o presidente da Comissão de Seguridade Social e Família, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), a oposição e a mídia ocultam esse eixo central do programa.
“O programa não é só importação de médicos para que possamos interiorizar e levar às periferias das grandes cidades a assistência médica. Estamos trazendo médicos do exterior temporariamente”, observou Amauri. Segundo ele, “isso faz parte de uma ampla estratégia que está associada ao carro-chefe do Mais Médicos, ou seja, a criação e ampliação de curso de medicina no interior do País”.
Amauri lembrou que, anteriormente, o único curso de medicina criado na Bahia foi em 1808, com D. João VI. De acordo com o petista, nenhum brasileiro olhou para essa área como o governo da presidenta Dilma. Hoje, explicou Amauri, a Bahia tem quatro universidades federais e foram abertas mais 160 vagas no curso de medicina.
“A estratégia é abrimos mais de 11 mil vagas de medicina em todo o Brasil, priorizando o interior e as regiões com carência de médico. Tivemos a iniciativa de criar esse programa para que brasileiros sejam assistidos por médicos brasileiros. Para isso, precisamos abrir cursos de medicina”, defendeu o petista.
No fim do ano passado o governo autorizou a abertura de 560 vagas em cursos de medicina de universidades federais das regiões Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste.
Benildes Rodrigues