Foto: Divulgação
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) rebateu em nota oficial, nesta sexta-feira (13), matéria publicada ontem no jornal Folha de S. Paulo que contestou dados do governo sobre a redução da miséria no Brasil. Com o título “Dilma inflou dado sobre diminuição da miséria”, o jornal acusou a presidenta de ter usado números incorretos durante pronunciamento de rádio e TV sobre à Copa do Mundo.
Segundo o ministério, a fonte de informações utilizada pelo periódico para a elaboração da matéria é incorreta. “A fonte de informações utilizada para a gestão de políticas de redução da pobreza é o Cadastro Único para Programas Sociais, que contém dados atualizados sobre famílias de baixa renda”, destacou o MDS.
A reportagem diz ter usado dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), que apontam redução, entre 2002 e 2012, de 8,4 milhões no número de pessoas que viviam na miséria. Já pelos dados baseados no Cadastro Único, 36 milhões de brasileiros estão fora da extrema pobreza por causa dos benefícios do Bolsa Família.
Segundo o MDS, essa diferença ocorre porque enquanto estudos baseados em informações da PNAD, que mostram apenas uma “fotografia” da pobreza, o Cadastro Único registra “quem esteve, está ou estará na pobreza em um intervalo de tempo”. “Portanto, a quantidade de extremamente pobres é maior no Cadastro”, diz o órgão.
Crítica– Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), a reportagem da Folha é um típico exemplo do mau jornalismo praticado no País. “Isso (a reportagem) revela que o jornal está a serviço de uma candidatura, e que por isso procura desqualificar uma ação das mais exitosas, que é o combate à miséria e a pobreza, reconhecida internacionalmente por organizações como a própria ONU”, acusou.
Redução – De acordo com o ministério, medidas do plano Brasil Sem Miséria garantiram que nenhuma família beneficiária do Bolsa Família vivesse com menos do que os R$ 70 mensais por pessoa, valor que define a extrema pobreza, seguindo padrão internacional. Esse valor passou a R$ 77 neste mês de junho.
A redução da extrema pobreza, segundo o MDS, foi mais acentuada nos últimos três anos. Ao longo de 2011 a 2013, o Programa Brasil Sem Miséria foi responsável por tirar 22 milhões da miséria. Somadas as 14 milhões de pessoas que já haviam deixado a extrema pobreza desde o início do Bolsa Família, chega-se aos 36 milhões de pessoas que estão fora da miséria por causa da transferência de renda.
Héber Carvalho com informações do MDA
Ouça o Deputado Fernando Ferro na Rádio PT